Família de menino que se afogou em formatura diz que vai denunciar caso

Pai mudou de ideia após receber versões divergentes sobre o afogamento.
Incidente com garoto de 11 anos ocorreu em passeio escolar em Anápolis.

A família do estudante Matheus Henrique da Silva, de 11 anos, que se afogou em um clube de Anápolis, a 55 km de Goiânia, durante a festa de formatura da escola, mudou de ideia e pretende registrar boletim de ocorrência sobre o caso. Segundo o pai, o carregador Donizete da Silva, a decisão ocorreu após receber informações divergentes sobre o acidente. A criança segue internada em estado grave.
Na manhã de quarta-feira (11), o pai do menino disse ao G1 que não culpava o colégio pelo ocorrido. No entanto, ressaltou que um pouco mais de cuidado por parte da instituição poderia ter evitado o afogamento. Logo depois, durante a tarde, Silva informou que irá registrar a ocorrência para que a polícia investigue o caso. “A versão da escola foi de que o meu filho já chegou ao clube pulando na piscina. Mas o bombeiro que o socorreu disse que os meninos já estavam nadando há um tempo quando sentiram falta dele [Matheus]. Aí aconteceu isso”, lamentou.
Conforme o pai, Matheus esperava ansioso há dias por esse passeio no clube e chegou a pedir para a mãe que esse fosse o seu presente de aniversário. O garoto completou 11 anos no último sábado (7).
O afogamento aconteceu na tarde de terça-feira (10). O menino e mais de 30 colegas do 5º ano participavam das comemorações do fim do ano letivo em um clube.
Amigos relataram que Matheus mergulhou na piscina e demorou a voltar para a superfície. Com isso, o bombeiro que monitorava o local foi acionado. “Ele estava brincando de pular e sumiu depois de um tempo. Aí o bombeiro que estava lá mergulhou e achou ele na piscina”, afirmou a estudante Carla dos Santos, 11 anos.
Assim que foi socorrido, Matheus foi levado para o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana) e depois transferido para a Santa Casa. A assessoria de imprensa da unidade informou que ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos.

Matheus se afogou em clube de Anápolis
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O médico Olegário Rocha disse que ainda é muito cedo para afirmar se o garoto sofrerá alguma sequela. “As lesões provocadas pela falta de oxigênio são determinantes e vão definir o futuro dessa criança. Nas primeiras 72 horas após o afogamento é impossível prever como será a evolução clínica dela”, explicou.
Os colegas de turma de Matheus estão na torcida para que ele se recupere o mais rápido possível. “Queria muito que ele sarasse logo e viesse para a escola. Estou com muita saudade dele”, disse a estudante Kailane Gonçalves, 11 anos.
A Secretaria Municipal de Educação de Anápolis informou que quatro professores e um bombeiro faziam a supervisão dos alunos na comemoração e lamentou o ocorrido. A secretária de Educação, Virgínia Melo, ressaltou que o afogamento foi um acidente e que os pais autorizaram a ida da criança ao clube.
O comando do Corpo de Bombeiros afirma que as crianças já estavam na piscina quando o garoto se afogou e que o bombeiro estava do outro lado da piscina.