11 de dezembro de 2013

'Não sei como entrar em casa sem ele', diz mãe de bebê morto em escola

Segundo laudo, criança sofreu asfixia mecânica em creche de Mogi Guaçu.
Polícia vai iniciar fase de depoimentos sobre o caso nesta quarta-feira (11).


Mãe lamenta morte de filho em creche de Mogi Guaçu, SP (Foto: Reprodução / EPTV)Mãe lamenta morte de filho em creche de Mogi
Guaçu, SP
(Foto: Reprodução/EPTV)
"Não sei como vou entrar na minha casa agora e olhar as fotos dele", diz Maiara Cristina de Godoy, mãe do bebê de 1 ano que morreu após passar mal em uma creche particular de Mogi Guaçu (SP), na tarde de segunda-feira (9). A mulher se emociona ao falar da saudade que sente do filho. Para a família, houve negligência da escola, que funcionava no Centro da cidade sem alvará desde maio de 2012, segundo a Prefeitura.

"Não tem como uma criança se afogar com leite, não tem histórico nenhum de afogamento. Nunca se engasgou, nunca vomitou, nada. Era uma criança saudável", lamenta o padrasto da criança, Alexandre Barbosa.

De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é que o menino Miguel Otávio de Godoy tenha se engasgado, já que informações preliminares do Instituto Médico Legal (IML) apontam que a morte ocorreu por asfixia mecânica causada por alimento, conta a delegada responsável pelo caso, Raquel Casalli Gadiani, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Segundo a família do bebê, foi o primeiro dia que ele frequentou a creche. O corpo de Miguel foi enterrado às 17h no Cemitério Municipal de Andradas (MG), onde moram os parentes da criança, informou a Funerária Bom Pastor.
O G1 procurou os responsáveis da instituição de ensino para comentar as acusações da família, mas ninguém atendeu aos telefonemas até a publicação desta reportagem.
A assessoria da Prefeitura afirmou na tarde de terça-feira que uma equipe da Vigilância Sanitária foi até a creche para fazer uma vistoria e interditá-la, mas o local estava fechado e nenhum responsável foi encontrado para receber a notificação.
Embora desconheça a data de início de funcionamento da escola, a Prefeitura alegou que a empresa foi notificada em junho de 2012 a apresentar os documentos que faltavam para obter o alvará de funcionamento. Entre os documentos, a administração municipal havia exigido um laudo de avaliação da Vigilância Sanitária, que deveria vir acompanhado da planta do prédio e das atividades feitas no local.
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Bebê Miguel de Godoy, de 1 ano, morreu após se engasgar em creche de Mogi Guaçu (SP) (Foto: Reprodução EPTV)Bebê Miguel de Godoy, de 1 ano, morreu  em creche de Mogi Guaçu  (Foto: Reprodução / EPTV)

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