9 de dezembro de 2013

Exame não aponta insulina em excesso como causa da morte de Joaquim

Polícia confirma que resultado do laudo já foi expedido, mas delegado diz que ainda não leu o relatório; Justiça prorroga prisão da mãe e do padrasto



Exame não aponta insulina em excesso como causa da morte de Joaquim
"O menino Joaquim tinha 3 anos"
FRANCA - Exames realizados em tecidos retirados do corpo de Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, encontrado morto em rio no interior de São Paulo no dia 10 de novembro após cinco dias desaparecido, não detectaram a presença de uma dose excessiva de insulina, como acreditava a polícia. Os laudos já foram emitidos, mas não chegaram ainda à Delegacia de Investigações Gerais de Ribeirão Preto. A mãe do menino, Natália Ponte, e o padrasto, Guilherme Longo, tiveram a prisão prorrogada pela juíza Isabela Cristina Alonso dos Santos Bezerra, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais de Ribeirão Preto.
Os resultados são de análises realizadas no Laboratório de Toxicologia da Polícia Civil de São Paulo. Uma fonte da polícia informou ao Estado que o laudo foi negativo para a morte por insulina. E, na tarde desta segunda-feira, 9, o delegado Paulo Henrique Martins de Castro confirmou que realmente não foi detectado o medicamento no corpo do menino, que era diabético.
Ele afirmou, porém, que ainda não leu os documentos e que, mesmo tendo dado negativo para a insulina, talvez tenha detectado outras substâncias que indiquem algo nesse sentido. "Desde o início sabíamos da possibilidade de dar negativo", justificou. Indagado se isso não pode pesar na decisão da Justiça sobre a prisão do casal, Castro descartou. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra."
A princípio o delegado garante que a linha de investigação está mantida. Segundo ele, nesta semana mais pessoas prestarão depoimento, mas o casal não deverá ser ouvido.
O menino desapareceu de sua casa em Ribeirão Preto no dia 5 do mês passado, mas seu corpo foi localizado no Rio Pardo, em Barretos, no dia 10. A linha de investigação policial aponta o padrasto Guilherme Longo como principal suspeito pela morte de Joaquim. Para isso, segundo a polícia, teria aplicado uma dose excessiva de insulina no garoto e depois jogado o corpo na água. Longo nega qualquer envolvimento no caso, assim como Natália.
Cronologia do caso:
Dia 5/11
Joaquim Pontes Marques, de 3 anos, desaparece após ter sido colocado para dormir em seu quarto, por volta da meia-noite, em Ribeirão Preto, interior de SP.
Dia 6/11
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro pede a prisão do casal.
Dia 7/11
A Justiça nega o pedido.
Dia 10/11
O corpo de Joaquim é encontrado no Rio Pardo. À noite, a Justiça decreta a prisão, por 30 dias, da mãe do padrasto. Exames do IML apontaram que não havia água nos pulmões da criança, o que afasta a hipótese de afogamento.
Padrasto participou de reconstituição do crime:
Padrasto participa de simulação do dia em que o menino desapareceu - 1 (© Luis Cleber Estadão)
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