Ex-ditador é acusado de corrupção, abuso de poder e mortes no país.
Mubarak, que chegou à sessão em maca, será transferido de hospital.
O julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e seus filhos, acusados de corrupção e envolvimento na morte de manifestantes durante o levante popular de janeiro, foi adiado para o próximo dia 15 de agosto.
"O tribunal decidiu retomar o caso em 15 de agosto", disse o juiz Ahmed Refat, que também anunciou que Mubarak será transferido a um centro médico internacional na cidade de Ismailia, próxima ao Cairo, em vez de retornar ao hospital no balneário de Sharm el Sheik, onde estava internado desde 12 de abril.
Já o ministro do Interior Habib al-Adli será julgado separadamente em sessão marcada para esta quinta-feira (4).
A promotoria acusou Mubarak de ter concluído um acordo com o ex-ministro do Interior Habib el-Adli, que também está no banco dos réus, para matar "de maneira premeditada" os manifestantes que, em janeiro e fevereiro, protestaram contra o regime no Cairo e em várias províncias egípcias.
Além disso, a promotoria acusou Alaa e Gamal Mubarak de corrupção. No momento de tomar a palavra para negar as acusações, os filhos de Mubarak seguravam um livro, provavelmente um exemplar do Alcorão.
Maca e protestosA audiência desta quarta começou por volta 5h15 (horário de Brasília). O ex-líder chegou à Academia de Polícia do Cairo cerca de duas horas antes, de maca, em meio a protestos e confrontos entre seus partidários e opositores.
Mubarak é julgado juntamente com dois de seus filhos, Alá e Gamal. Ele é acusado de corrupção, abuso de poder e da morte de centenas de pessoas durante a revolta que pôs fim a seu mandato, ao qual renunciou em 11 de fevereiro após 18 dias de protestos no país.
Os advogados do ex-presidente insistem que Mubarak, de 83 anos, está muito doente.
Estão sendo processados ainda o empresário Hussein Salem, detido na Espanha, o ex-ministro do Interior Habib al Adli e seis de seus assessores, que também serão julgados por planejar ataques contra os manifestantes em Janeiro.
Um enorme contingente policial em torno do complexo não evitou confronto entre partidários e seguidores do ex-líder. Há registros de confusões e pedradas entre os grupos rivais. O clima é tenso no bairro de Tagamo James, no leste da cidade.
Um fotógrafo ensanguentado por ter um corte na cabeça foi levado pela polícia para ser atendido pelos serviços médicos antes do início do julgamento.
Cerca de 3 mil homens, entre policiais e soldados, montaram cordões de isolamento para dificultar o acesso de partidários e oposicionistas a Mubarak.
Relatos indicam que as forças de segurança deram tiros de advertência na praça Tahrir, no centro da cidade, para dispersar manifestantes. O local foi palco dos protestos populares que levaram Mubarak a renunciar.
Jaula
Uma jaula foi construída para os réus. Cerca de 600 pessoas devem assistir ao julgamento.
"O tribunal decidiu retomar o caso em 15 de agosto", disse o juiz Ahmed Refat, que também anunciou que Mubarak será transferido a um centro médico internacional na cidade de Ismailia, próxima ao Cairo, em vez de retornar ao hospital no balneário de Sharm el Sheik, onde estava internado desde 12 de abril.
Hosni Mubarak está numa espécie de ‘jaula’no interior do prédio da Academia de Polícia do Cairo. (Foto: Imagem da TV egípcia / AP Photo))
Mubarak e seus filhos Alaa e Gamal se declararam inocentes na primeira sessão em que são julgados. "Nego completamente as acusações", declarou Mubarak, que compareceu ao tribunal em uma maca, antes que seus filhos tomassem a palavra para rejeitar as acusaçõesJá o ministro do Interior Habib al-Adli será julgado separadamente em sessão marcada para esta quinta-feira (4).
A promotoria acusou Mubarak de ter concluído um acordo com o ex-ministro do Interior Habib el-Adli, que também está no banco dos réus, para matar "de maneira premeditada" os manifestantes que, em janeiro e fevereiro, protestaram contra o regime no Cairo e em várias províncias egípcias.
Além disso, a promotoria acusou Alaa e Gamal Mubarak de corrupção. No momento de tomar a palavra para negar as acusações, os filhos de Mubarak seguravam um livro, provavelmente um exemplar do Alcorão.
Maca e protestosA audiência desta quarta começou por volta 5h15 (horário de Brasília). O ex-líder chegou à Academia de Polícia do Cairo cerca de duas horas antes, de maca, em meio a protestos e confrontos entre seus partidários e opositores.
Mubarak é julgado juntamente com dois de seus filhos, Alá e Gamal. Ele é acusado de corrupção, abuso de poder e da morte de centenas de pessoas durante a revolta que pôs fim a seu mandato, ao qual renunciou em 11 de fevereiro após 18 dias de protestos no país.
Partidários e oposicionistas de Hosni Mubarak atiram pedras antes mesmo de o julgamento do ex-líder egípcio começar. (Foto: Ahmed Ali / AP Photo)
O ex-líder egípcio entrou no prédio depois de deixar uma ambulância. Seu traslado teve início em um helicóptero que decolou da localidade de Sharm el-Sheikh, junto a costa do Mar Vermelho, onde estava internado desde 13 de abril.Os advogados do ex-presidente insistem que Mubarak, de 83 anos, está muito doente.
Estão sendo processados ainda o empresário Hussein Salem, detido na Espanha, o ex-ministro do Interior Habib al Adli e seis de seus assessores, que também serão julgados por planejar ataques contra os manifestantes em Janeiro.
Soldados do exército egípcio ajudam policiais a garantir segurança no perímetro do prédio onde Hosni Mubarak será julgado. (Foto: Amr Nabil / AP Photo)
PedradasUm enorme contingente policial em torno do complexo não evitou confronto entre partidários e seguidores do ex-líder. Há registros de confusões e pedradas entre os grupos rivais. O clima é tenso no bairro de Tagamo James, no leste da cidade.
Um fotógrafo ensanguentado por ter um corte na cabeça foi levado pela polícia para ser atendido pelos serviços médicos antes do início do julgamento.
Cerca de 3 mil homens, entre policiais e soldados, montaram cordões de isolamento para dificultar o acesso de partidários e oposicionistas a Mubarak.
Relatos indicam que as forças de segurança deram tiros de advertência na praça Tahrir, no centro da cidade, para dispersar manifestantes. O local foi palco dos protestos populares que levaram Mubarak a renunciar.
Jaula
Uma jaula foi construída para os réus. Cerca de 600 pessoas devem assistir ao julgamento.
Mubarak renunciou em 11 de fevereiro, depois de 18 dias de protestos populares na praça Tahrir, nos quais cerca de 850 pessoas foram mortas.g1
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