3 de julho de 2012

Bebê que se afogou tem melhora em quadro clínico, diz boletim médico

Menina de 1 ano e menino de 2 caíram em piscina de berçário, em Goiânia.
A pedido dos pais, o outro bebê não teve o boletim médico divulgado.

 
Uma das crianças que se afogaram em uma piscina de um berçário no Setor Serrinha, em Goiânia, apresentou  melhora no quadro clínico, segundo o boletim médico divulgado na manhã desta terça-feira (3) pelo Hospital da Criança, onde a menina está internada. Apesar do estado parcialmente grave, ela já respira sem ajuda de aparelhos.
A pedido dos pais, outro bebê não teve o boletim médico divulgado. Mas, segundo a equipe médica do Instituto Goiano de Ortopedia, onde ele está internado, não houve mudanças no quadro clínico do menino de 2 anos desde o dia do afogamento. Até a noite anterior, ele estava em estado gravíssimo.
O acidente com as duas crianças aconteceu na manhã de segunda-feira (2). Logo após os pais deixarem os filhos no berçário, uma funcionária sentiu falta da menina de 1 ano e 9 meses. Ela foi encontrada dentro da piscina. Uma monitora socorreu a criança, mas, segundo a polícia, no desespero, a funcionária do berçário saiu com a menina do local e o portão permaneceu aberto, momento que o outro bebê também caiu na piscina. O pai de um aluno ajudou no resgate. As crianças tiveram parada cardíaca.
“Eu fiz massagem cardíaca no peito dele, como manda os primeiros socorros e depois respiração boca a boca”, conta Dalmo Cassiano de Souza.
Quando souberam da notícia, os pais das crianças entraram em choque. Durante uma entrevista na tarde de segunda-feira (2), a mãe de uma das crianças disse emocionada que acredita na recuperação do filho, mesmo que ele esteja em estado gravíssimo. “Eu sirvo um Deus de milagre e, aonde a medicina não vai, Deus vai. Sei que ele vai voltar pra mim perfeito e sadio”, declara Nivian Faleiros.
Na manhã desta terça-feira (3), um dia após o acidente no berçário no Setor Serrinha, a movimentação foi pequena. Apenas um pai apareceu para deixar o filho. Os funcionários falaram que a unidade vai funcionar normalmente.
Investigação
Fotos do berçário, feitas pela polícia, mostram que a piscina é cercada por grades altas, mas, segundo a Polícia Civil, o portão estava aberto, o que teria facilitado a passagem das crianças. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) vai investigar se houve negligência da direção do berçario.
“Alguém deixou esse portão aberto. A primeira criança se acidentou. A monitora socorreu essa criança e se esqueceu de fechar o portão da piscina e o que dá acesso à área de lazer. Temos que apurar em que situação aconteceu esses fatos”, relata a delegada Renata Vieira.
O Conselho Municipal de Educação (CME) de Goiânia afirmou que o berçário onde as duas crianças se afogaram não possui autorização para funcionar. Segundo o secretário geral do conselho, Lindomar Rezende Rodrigues, a unidade, que seria uma filial da escola Alegria do Saber, não poderia estar em funcionamento. "Até o presente momento, ela [a instituição] não protocolou o processo de autorização junto ao conselho", diz o secretário geral.
Os donos do berçário, no entanto, alegam que possuem os documentos necessários. "O Conselho Municipal de Educação emitiu um documento para nós, uma declaração, que diz exatamente que a instituição está apta a funcionar. Nós somos acompanhados pelo conselho e pela própria Secretaria Municipal de Educação", garante Daniel Caixeta, filho dos donos do estabelecimento.
Efeitos do afogamento
O pediatra Henrique Gomide, do Instituto Goiano de Pediatria (Igope), onde o menino vítima de afogamento está internado, explica que durante o afogamento, a vítima aspira água e para de respirar. O coração fica mais lento e bombeia menos sangue para o resto do corpo, o que pode levar a uma parada cardíaca. Como o cérebro também deixa de receber oxigênio pode haver sequelas neurológicas, como o comprometimento da fala e da coordenação motora. A água também entra para os pulmões e pode levar a uma pneumonia.fonte g1

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