27 de maio de 2011

Juiz aceita ouvir perito que diz que corpo encontrado não poderia ser de Evandro

O juiz Daniel Surdi Avelar acatou o pedido da defesa de Beatriz Abagge e aceitou ouvir o depoimento de Arthur Drischel, perito que fez o levantamento no local em que foi encontrado o corpo identificado como o de Evandro Ramos Caetano, de 6 anos, no dia 11 de abril de 992, cinco dias depois do desaparecimento.
O perito aposentado não havia sido intimado, mas foi incluído entre as testemunhas a pedido da defesa. Diante do juiz, Drischel disse que o cadáver encontrado tinha 1m e 19 cm, altura incompatível com um menino de 6 anos. Segundo ele, é provável que o corpo não era de Evandro. O perito afirmou ainda que as lesões encontradas no corpo não foram feitas por um facão, instrumento que, segundo os outros acusados do crime, teria sido usado para mutilar o menino. Segundo o perito, as lesões do corpo encontrado eram cortes simétricos que nunca poderiam ter sido feitos por facões. Ele disse ainda que as costelas foram seccionadas talvez com uma tesoura de poda ou até mesmo um bisturi, mas nunca um facão como alegaram os acusados.

O juiz Avelar não acatou a inclusão do delegado Adalto Abreu de Oliveira, chefe do Grupo Tigre na época, como testemunha, como pedia a defesa.
Beatriz Abagge está acompanhando a fase de instrução no plenário. Ela está vestida com um casaco de lã bege e aparenta tranquilidade. Familiares e amigos dela espalharam cartazes do lado de fora com frases pedindo sua absolvição.
No intervalo, há pouco, acusação e defesa conversaram com os jornalistas e cada um reafirmou sua convicção de inocência e culpabilidade de Beatriz Abagge.(fonte banda B)

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