Dois assassinatos na mesma hora e na mesma rua; 2ª vítima pode ter sido morta porque viu o 1º crime

Dois homens foram assassinados no início da noite deste domingo (16), na mesma rua e praticamente na mesma hora. Os crimes ocorreram na Rua Edvino Antônio Deboni, Vila Santa Amélia, no bairro Fazendinha. Há a hipótese de um deles ter sido morto por ter visto o primeiro crime. A vítima, que pode ter testemunhado assassinato, estava com o telefone celular aberto no banco do carro, com indícios que ele estava tentado realizar uma ligação.
O primeiro crime teria ocorrido por volta das 18h40. Um jovem, não identificado, foi baleado e jogado de dentro de um Escort. O rapaz, de aproximadamente 25 a 30 anos, morreu praticamente na hora. Logo em seguida, Júlio Manzoni Galderon, 58 anos, foi assassinado a tiros, a três quadras do primeiro crime, nos fundos do cemitério Jardim da Saudade. Júlio foi alvejado dentro de um Fiesta Sedan ao lado do telefone celular aberto no banco do carro.
Um vigilante, que trabalha em um condomínio ao lado do local onde ocorreu o segundo crime e que pediu para não ser identificado, chegou ao local instantes após os disparos, contou à reportagem Banda B o que pode observar.
“Ouvi os disparos e corri para cá. Ainda vi o rapaz agonizando. Ele morreu logo em seguida. Daí liguei para a polícia”, disse o vigilante, que ainda afirmou ter visto um veículo suspeito parando logo em seguida para averiguar se o homem estava morto.
“Um pouco depois parou um carro suspeito, desceu um homem e perguntou se o homem estava morto. Conferiu, percebeu que de fato estava morto, entrou de novo no carro e se mandou. Muito estranho”, atestou.
Segundo o policial civil Edson Luís, da Delegacia de Homicídios, somente a sequência das investigações poderá apontar se há uma ligação entre os casos. 
“Não sabemos afirmar se os crimes têm ligação. A vítima que morreu dentro do Fiesta foi abordada por dois homens, em uma moto. A uns 400 metros deste local, a vítima que foi encontrada morta dentro do Escort foi alvejada por uma pessoa que estava dentro do mesmo veículo”, esclareceu o policial.
“Pode ser coincidência ter acontecido na mesma rua e quase na mesma hora”, afirmou Edson Luis, que ainda destacou a importância das informações de testemunhas. “A ajuda de qualquer pessoa que possa ajudar será fundamental. Pode ligar para a Delegacia de Homicídios, pelo 3360-1400, que terá a identidade preservada”, concluiu.
A polícia apura se Júlio testemunhou a morte do jovem desconhecido e acabou morto como queima de arquivo.(fonte banda B)