28 de junho de 2011

PM aguarda roupa de menino que sumiu no RJ para continuar buscas

Informação do Disque-Denúncia afirma que corpo dele está enterrado.
PM usará cães farejadores para procurar o garoto em Nova Iguaçu.

Menino Juan (Foto: Reprodução/TV Globo)Juan desapareceu durante uma operação policial
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Policiais militares aguardam uma peça de roupa do menino Juan, de 11 anos, que desapareceu durante uma operação policial na Favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para continuar as buscas. Segundo informações do coronel Sérgio Mendes, comandante do 20º BPM (Mesquita), a peça servirá para que os cães farejadores tentem achá-lo.
"O Disque-Denúncia recebeu uma informação que consta que o corpo do menino Juan está enterrado no alto da favela, próximo a uma cachoeira. O corpo teria sido levado para o local por um traficante da comunidade conhecido como "FL", ele seria o chefe do tráfico. Amanhã vamos pegar esta peça de roupa e daremos para que os cães possam reconhecer o cheiro do menino e aí sim, tentarmos achar alguma pista sobre o paradeiro dele", explicou o comandante.
De acordo com o comandante, a família do menino vai entregar a roupa na quarta-feira (29). "Só estamos aguardando a muda de roupa para darmos início a esta operação com os cães", concluiu o coronel Sérgio Mendes.
Diligência no local do crimeSegundo o delegado Cláudio Nascimento, titular da 56ª DP (Comendador Soares), agentes da Divisão de Homicídios (DH) iriam até ao local onde ocorreu o crime, para fazer uma diligência. "Não tem como afirmar que é uma reconstituição, já que as duas principais testemunhas do ocorrido estão internadas", explicou.
Homenagem a PMs
Na manhã desta terça-feira (27), o chefe do Estado Maior Operacional da Polícia Militar, coronel Álvaro Garcia, disse numa cerimônia de homenagem a policiais na Zona Oeste do Rio, que a PM não está
encobrindo nada na investigação do desaparecimento de Juan.
"Temos certeza que a verdade vai aparecer e, se houver envolvimento dos policiais, eles serão responsabilizados. E se não houver participação, é importante que a sociedade saiba que há isenção da PM. Nós não estamos encobrindo nada", disse ele, ressaltando que é importante a população confiar na polícia.
O coronel Álvaro Garcia disse que a apuração do comandante 20º BPM "com certeza vai mostrar que os PMs não têm nada a ver com o sumiço de Juan". Álvaro Garcia confirmou que foram encontrados sinais de sangue numa das viaturas do batalhão e anunciou que peritos tentarão fazer uma comparação entre o material encontrado e amostras de sangue do menino Juan.
Álvaro Garcia participou da festa que homenageou 80 PMs num sítio na Taquara, Zona Oeste. Falando em nome do comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, ele disse que os homenageados são a "ponta de lança da PM".
Segundo informações da assessoria da Polícia Civil na segunda-feira (27), testes de luminol feitos por peritos deram positivo em cinco viaturas do 20º BPM (Mesquita), mas só exames laboratoriais vão poder confirmar se as marcas encontradas são de sangue.
Defensoria Pública
A Defensoria Pública, que também acompanha as investigações sobre o desaparecimento de Juan, informou que vai entrar com um pedido de liberdade provisória de Wanderson dos Santos de Assis, de 19 anos, que está sob custódia no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Ele foi atingido por três tiros durante o confronto na Favela Danon e, segundo a Polícia Militar, é suspeito de ser traficante e teria participado do tiroteiro. A família do jovem, no entato, diz que ele trabalha e estuda e não tem ligação com o tráfico.

Segundo o delegado-adjunto da 56ª DP (Comendador Soares), Rafael Ferrão, os dados dos GPS dos carros já estão na delegacia e eles devem ser confrontados com o relato dos policiais do batalhão. A Polícia Militar abriu uma sindicância para apurar se houve envolvimento de policiais no desaparecimento. Também na segunda, a Comissão de Direitos Humanos da Alerj ouviu a família de Juan.g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário