31 de janeiro de 2012

Plano de Saneamento é apresentado à população de Maringá

A Prefeitura de Maringá apresentou ontem, em audiência pública, realizada no Auditório Hélio Moreira, o Plano Municipal de Saneamento Básico. O documento trata das estratégias de abastecimento de água e esgotamento sanitário e da limpeza pública e destinação dos resíduos sólidos urbanos. O plano esteve disponível para consulta pública por trinta dias, período no qual a administração recebeu seis questionamentos e sugestões, que já foram respondidas.

Para um auditório lotado, o secretário municipal de Saneamento Básico, Leopoldo Fiewski, detalhou o plano e respondeu perguntas da plateia. O ponto de maior questionamento do público foi a implantação de uma usina termoelétrica para transformar o lixo em energia. A usina tem sido objeto de discussão do Fórum Intermunicipal Lixo e Cidadania, que é contra a incineração dos resíduos.

"A incineração não é o único caminho. Há outras opções", diz o coordenador da entidade, Fábio Alcure, procurador do Ministério Público do Trabalho. Ele explica que as objeções à implantação da usina são o alto custo - o plano prevê investimento de R$ 330 milhões - e o suposto risco à saúde. "A incineração é um processo emissor de toxinas", diz.

Segundo a Prefeitura, o processo de incineração do lixo e a transformação em energia é adotado em vários países. Na Dinamarca, por exemplo, 58% dos resíduos são incinerados. No Japão, o índice chega a 78%. Sobre os riscos ambientais provenientes de toxinas, já há filtros que reduzem a emissão dos gases.


MetasAtivistas do Fórum sugeriram que a Prefeitura incluísse no plano os recursos do orçamento destinados às ações de educação ambiental. O documento original detalha as propostas, mas não informa valores. Entre as ações, estão a criação de um programa voltado à educação ambiental para ser veiculado em emissoras de rádio; uma coluna semanal sobre meio ambiente em jornal impresso; distribuição de panfletos, sacolas retornáveis, camisetas, adesivos; e semana do meio ambiente.Ampliar o programa de coleta seletiva é uma das metas do Plano. O objetivo é que, dentro de quatro a nove anos, 100% da população seja atendida; hoje, 30% dos bairros têm coleta de recicláveis. Para se chegar a esse índice, o documento propõe que haja mais ajuda às cooperativas de reciclagem e que o município desenvolva ações de educação ambiental junto à população.

O sucesso da coleta seletiva, na visão da prefeitura, depende da consolidação da logística reversa, da organização e do comprometimento das cooperativas, além do valor de mercado dos recicláveis. Maringá tem seis cooperativas, mas é preciso ampliar esse número para oito ou dez.(fonte o diario)

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