“Com o aumento da população com maior poder aquisitivo, mudamos todo o conceito de consumo da cidade. A forma e a vontade de consumir das classes A e B é muito maior. Esse número da FGV é mais do que esperado porque o padrão de vida do maringaense é cada vez maior. Para a economia local isso é muito bom e importante”, afirma o economista.
A renda de cada classe
A metodologia adotada no estudo da FGV considera as seguintes faixas de renda para determinar a classe social. Salários acima de R$ 6.745 são considerados classe A; entre R$ 5.174 e R$ 6.745 classe B; entre R$ 1,2 mil e R$ 5.174 classe C; entre R$ 751 e R$ 1,2 mil classe D; e abaixo de R$ 751 classe E.
A coordenadora do Observatório das Metrópoles, órgão que estuda problemas urbanos, a socióloga Ana Lúcia Rodrigues, alerta para o fato de que, a cidade nunca atraiu pessoas de baixa renda. Na opinião da coordenadora, Maringá excluiu a população pobre para a região metropolitana, principalmente por causa do preço médio da terra.
“Nós sempre excluímos as pessoas pobres daqui. O preço da terra é alto em Maringá e quem não pode morar aqui vai para Sarandi, Paiçandu dentre outras. Não estamos ficando ricos. Muito pelo contrário, aqui população pobre nunca morou. As ações da cidade só atraem população que tem dinheiro como construtores, pessoas com alta escolaridade etc”, disse.
Ana Lúcia disse ainda que a exclusão da população pobre é ruim porque os municípios vizinhos têm muitos problemas sociais em razão disso. “Esses municípios metropolitanos são pequenos e não conseguem resolver os problemas de pobreza. Dentre vários problemas sociais sérios posso citar o aumento na violência, a falta de oportunidades e as precárias condições básicas de saúde”, aponta.(fonte gazeta maringa)
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