Concreto cai na cabeça de estudante em universidade

O jovem Vinícius Gimenez Rosa, 22 anos, está internado na UTI do Hospital do Coração, em Londrina, vítima de traumatismo craniano. Estudante do 5º ano de Direito da Faculdade Paranaense (Faccar), ele faria na segunda-feira (21) a última prova antes da formatura no curso. Minutos antes do teste, por volta das 20h, Vinícius Rosa estava com amigos ao lado da antiga cantina da instituição quando começou a chover. Ele tentou se proteger, mas foi surpreendido com o reboco do prédio que caiu sobre sua cabeça de uma altura de aproximadamente sete metros. A cena foi presenciada por amigos da vítima, que ficou desmaiada por cerca de dois minutos. "A chuva estava fraca, mas veio um vento muito forte e o bloco caiu na cabeça dele. Prestamos os primeiros socorros, ele retomou a consciência e começou a reclamar de muita dor", lembrou o colega Douglas Fogaça Barão. Segundo o estudante, o bloco tinha cerca de um metro e pesava em torno de quinze quilos. "Foi muito azar ter caído sobre a cabeça dele. É uma coisa inacreditável." bonde Vinícius foi socorrido e internado no Hospital São Rafael, em Rolândia. A gravidade do ferimento fez ele ser encaminhado ao Hospital João de Freitas em Arapongas e em seguida para o Hospital do Coração, em Londrina. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o estado de saúde da vítima é grave, e ele segue sedado depois de passar por uma cirurgia para corrigir um inchaço no cérebro. Investigação: Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local do acidente na manhã desta quinta-feira (24). Uma série de irregularidades foi apontada. "De forma geral, a junta de dilatação não estava resguardada, ou seja, não estava com o tamanho adequado segundo a norma da ABNT. Com a dilatação térmica do prédio, o reboco acabou pressionado e descolando, atingindo o universitário. Outros fatores também serão analisados", explicou o perito Jorge Luiz Audibert. Um inquérito policial já foi aberto pela Polícia Civil de Rolândia. O laudo criminal será encaminhado em, no máximo, dez dias para o delegado. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Faccar, que não se pronunciou.