Minutos após a chegada de Avelino Luis Marchi na 20ª SDP de Toledo, preso na cidade de Cascavel, acusado de ter matado o adolescente Cleverson Cristian Alves, de 15 anos, a mãe do menino, Celi Terezinha de Lima, de 42 anos, chegou a 20ª SDP para prestar depoimento à Polícia Civil. A mulher confirmou o relacionamento conturbado com Avelino e disse que dias antes de seu filho ser assassinado, Avelino disse para ela voltar a viver com ele, senão iria chorar “lágrimas de sangue”. Com a sua prisão, ela disse estar mais aliviada e que acredita na Justiça, embora seu filho não volte mais. Celi disse ter conhecido Avelino, ainda quando o mesmo encontrava-se cumprindo pena na cadeia de Toledo. “Eu conheci ele na cadeia e ficamos um bom tempo juntos, acho que uns 04 anos e depois nos separamos por um ano mais ou menos e depois voltamos. Depois que nós voltamos, o Avelino começou a brigar muito com o Cleverson e ai decidi por um ponto final no relacionamento. No ano passado, lá por outubro, decidi por um ponto final no nosso relacionamento, porque ele brigava com meu filho e a gente também brigava muito dentro de casa e ai falei para ele para a gente se separar. Aí ele falou, tudo bem, vamos nos separar. Aí depois ele queria voltar, daí eu falei que não e então ele falou que eu ia chorar lágrima de sangue se não voltasse, me ameaçando e eu disse que não ia mais voltar, porque faziam muitos anos que a gente vivia daquele jeito e eu não queria mais viver assim. Mas eu não imaginava que ele seria capaz de matar o meu filho por causa disso.” Comentou a mãe.
Celi disse ter descoberto depois da morte do filho, que o acusado havia usado uma tática para se aproximar do menino. Prometeu comprar-lhe um ciclomotor. “Eu descobri que naquela semana em que meu menino foi assassinado, ele conseguiu falar com o Cleverson e falou que ia dar uma Mobilete para ele, para ele fazer nós voltar. Ele falou que ia ser tudo diferente, que ele ia ser bomzinho pro Cleverson e assim ele se aproximou e ganhou a confiança do meu filho e para matar ele, o atraiu até o rio e o matou, conforme ele mesmo confessou na delegacia. Depois do crime, um tempo depois, ele passou a fazer contato comigo dizendo que não era para ter acontecido aquilo, que foi coisa de momento e que ele queria me ver. A polícia estava monitorando ele e eu disse que iria ver ele em Cascavel e assim ele acabou preso. Eu estava sendo rastreada e ele também. Ele achava que eu ia voltar para ele numa boa. Mas isso não era verdade, ele matou meu filho, imagina! Minha vida acabou, depois que meu filho foi assassinado eu tive que me esconder dele com medo de ele me matar, não pude trabalhar, fiquei isolada. Só depois que ele me ligou de São Paulo é que voltei a trabalhar. Agora estou muito aliviada. Sei que meu filho não vai voltar mais, mas estou muito aliviada com a prisão dele. Eu não tenho mais vida. Trabalho e vou para casa. Acabou minha vida. Meu filho era o caçula e muito chegado em mim e o Avelino tinha ciúmes dele. Se pudesse voltar atrás eu voltava e jamais teria tido este relacionamento. Agora eu acredito que Justiça será feita.” Finalizou a mãe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário