O assassinato da jovem Francielem da Rocha, 18, cujo corpo foi encontrado na sexta-feira, 15, totalmente carbonizado, em um terreno próximo ao Conjunto José Tenório, no bairro da Serraria, parte alta de Maceió, está esclarecido.
O crime, teria sido planejado por uma outra jovem, Vanessa Ingrid da Luz Souza, que de acordo com informações chegadas a policiais da Força Nacional (FN), da Delegacia de Homicídios (DH), é garota de programa
Francielem, que estaria grávida de dois meses, havia sido convidada para uma festa no apartamento de Vanessa, no Edifício Renóver, localizado no bairro de Cruz das Almas, orla de Maceió. Sem saber que se tratava de uma cilada, a jovem foi até o imóvel pertencente à amiga, junto com duas menores. As menores detidas foram identificadas pelas iniciais P.D.S., 17 e C.D.T.S, 14.
Ao chegar ao apartamento, de classe média alta, a vítima que estava acompanhada das menores, começou a se divertir com os demais convidados e após ser induzida a tomar bebidas “quentes” e se drogar, "caiu" no plano orquestrado por Vanessa.
Francielem, que havia sido “condenada” a morte porque teria se envolvido com um amante de Wanessa, inicialmente – quando estava desacordada – teve os cabelos e as sobrancelhas raspadas e em seguida torturada e os dentes quebrados.
Na certeza que o crime ficaria impune – mesmo cometido na presença de várias pessoas – Vanessa liberou as duas menores que estavam com Francielem. No apartamento onde ocorreu a festa, que foi regada a álcool e consumo de muitas drogas, foram encontradas fitas que supostamente foram utilizadas para amordaçar a vítima, roupas de Francielem e um documento onde a suspeita do trama aparece com outro nome, Camila Maria da Silva. As imagens do sistema de filmagem do prédio foram apreendidas pela polícia para ajudar na identificação dos suspeitos.
Mas foi uma das menores – que não se conteve e começou a falar o que havia acontecido para outras amigas – que foi a primeira detida. Ela foi localizada por policiais da DH quando estava no bairro do Prado, Região Sul da Capital. Foi ela, – que reside no Conjunto Carminha, no Complexo Benedito Bentes, parte alta de Maceió – quem levou os policiais até ao local onde a suposta mandante do crime teria ido após o homicídio.
Na residência, também no bairro do Prado, foram encontrados dois irmãos, sendo um técnico em enfermagem – que admite ser homossexual – um músico e outra menor.
O técnico em enfermagem – que afirma que não participou do crime – disse que Wanessa – de quem é amigo – foi até a casa que mora e o “convidou” para ver o corpo da vítima, detalhando como tudo aconteceu e o motivo da morte.
“Ela me falou que tinha quebrado a menina toda, que tinha cortado os cabelos delas e quebrado todos os dentes da garota... foi horrível. Depois disso ela me falou que o Tiago, o Vitor e ela levaram a garota até uma chácara, em um Gol de um amigo nosso e lá colocaram fogo e que a coitada ainda tentou correr mais não dava. Foi horrível como ela me contou”, disse o homossexual que adiantou que pouco conhecia a vítima e que Wanessa teria ainda revelado que matou a garota porque ela estaria mantendo as escondidas relações com seu amante.
Baseado nas declarações do técnico os policiais localizaram o motorista do veículo que fez o transporte dos acusados (além de Vanessa estariam no veículo Vitor Uchôa Cavalcante, Thiago Handerson Oliveira Santos e outra jovem, Nayara da Silva). O estudante de Direito, Saulo José Pacheco Araújo, 22, foi preso e admitiu que apenas transportou os acusados (Vanessa, Tiago e outro homem) e a vítima – forçadamente – em seu carro, um Gol, de cor preta, de placa NMH 0717 (Arapiraca/AL), mas que no inicio não sabia o que estava acontecendo.
Segundo ele, Vanessa levou Francielem desacordada do apartamento onde mora, no bairro de Cruz das Almas, junto com ou outros criminosos, até a chácara, onde após colocar fogo no corpo da vítima, rumaram até a casa do homossexual.
O que chamou a atenção nas declarações de Saulo foi o fato dele afirmar que os envolvidos no crime são pessoas “grandes e poderosas”, deixando transparecer que o crime poderia ficar impune.
Durante entrevista na DH, uma surpresa para policiais e jornalistas. Vanessa ligou para Saulo e perguntou se estava tudo bem. Na frente dos jornalista o indiciado disse que havia dado depoimento ao delegado e que estava tudo numa "boa" e precisava falar com ela (Vanessa) que, aparentemente sem desconfiar de nada, disse que estava indo para o apartamento em Cruz das Almas. Equipes da Delegacia de Homicídios foram até o imóvel, mas a suspeita não apareceu. Os policiais também investigam a possibilidade de Wanessa ter deixado Maceió e que ela tem parentes no Estado de São Paulo.
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