20 de julho de 2011

Câmeras registram discussão em feira onde homem teve orelha cortada

Autônomo de 42 anos foi atacado por grupo que achou que ele era gay.
Homem estava abraçado com o filho de 18 anos em São João da Boa Vista
Do G1 SP, com informações do Globo Notícia
Foram divulgadas nesta quarta-feira (20) imagens do circuito de segurança de uma feira agropecuária de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, onde um pai e um filho foram agredidos, na sexta-feira (15). Os dois disseram que foram confundidos com um casal homossexual. O pai agredido, um autônomo de 42 anos, teve parte da orelha arrancada.
As imagens mostram dois rapazes de boné branco discutindo com as vítimas. As câmeras não registram o momento da briga. Um dos agressores é retirado do meio da confusão por uma jovem. Ele chegou a ser detido e foi liberado depois de prestar depoimento. O outro suspeito ainda não se apresentou à polícia.
O autônomo disse nesta quarta-feira (20) que irá fazer a cirurgia de reconstrução no Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele passou por consulta médica no hospital nesta manhã para acompanhamento do ferimento, e deve retornar dentro de 15 dias para retirar os pontos.
“O médico falou que posso fazer [a cirurgia] por aqui mesmo, pelo sistema público. Ele falou que não é fácil, que vai precisar de umas três ou quatro cirurgias”, contou ele ao G1. “Primeiro tem que cicatrizar. O médico disse que daqui três ou quatro meses que vai dar para começar a ver como será feita a cirurgia.” A vítima disse que o médico não soube dar um prazo para que a cirurgia fosse realizada. “Ainda não tem nenhuma previsão. Ele falou que tem que entrar em uma fila, mas não tem prazos”, afirmou.
O autônomo é de Vargem Grande do Sul, cidade vizinha a São João da Boa Vista, e foi à festa para agradar o filho, que mora em São Bernardo do Campo, no ABC, e a namorada. “Estava eu, meu filho, minha namorada e a namorada dele. Elas foram no banheiro e nós ficamos em pé lá. Aí eu peguei e abracei ele. Aí passou um grupo, perguntou se nós éramos gays, eu falei ‘lógico que não, ele é meu filho’. Ainda falaram ‘agora que liberou, vocês têm que dar beijinho’. Houve um empurra-empurra, mas acabou. Eles foram embora, achamos que tinha acabado ali”, contou o autônomo.
Pouco depois, entretanto, o grupo voltou. “Não sei se eu tomei um soco, o que foi, veio de trás, pegou no queixo, eu acho que eu apaguei. Quando eu levantei achei que tinha tomado uma mordida. Eu senti, a minha orelha já estava no chão, um pedaço.”(fonte G1)

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