23 de julho de 2011

Preso arrebenta tornozeleira de monitoramento e foge no Rio


Modelo de pulseira de monitoramento adotada em fevereiro (Foto: Reprodução/ TV Globo)

A Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou, nesta sexta-feira (22), que um condenado por tráfico de drogas que cumpria pena no Instituto Penal Vicente Piragibe, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, fugiu após arrebentar o lacre da tornozeleira eletrônica de monitoramento que usava. Segundo a Seap, ele tinha acabado de receber o benefício de prisão albergue domiciliar.
A fuga teria ocorrido no dia 8 de julho. Em nota oficial, a Seap informou que Jorge Alexandre Cândido Maria, o “Sombra”, foi visto pela última vez em Manguinhos, no subúrbio.
Preso desde 2003 e com passagem pelo Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), Jorge Alexandre Cândido Maria foi transferido para o Instituto Penal Vicente Piragibe em maio de 2010. No dia 8 de julho, ele recebeu da Justiça o benefício de prisão albergue domiciliar com monitoramento eletrônico e desde então não foi mais encontrado.
Jorge Alexandre Cândido Maria é apontado pela polícia como um dos homens de confiança do traficante Fernandinho Beira-Mar, que cumpre pena na Penitenciária Federal de Catanduvas
Outro casoEm março, um foragido de uma penitenciária na Região Metropolitana do Rio, que conseguiu arrebentar o lacre da pulseira eletrônica de monitoramento que usava, foi capturado pela polícia. O homem cumpria pena por tráfico de drogas no presídio Edgar Costa, em Niterói, e tinha recebido o benefício da visita periódica ao lar. Desde então passou a usar a pulseira, mas conseguiu romper o lacre do aparelho de monitoramento e não retornou mais ao presídio.
Ele foi encontrado pelos agentes da Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Sispen) dormindo na casa de sua família, em Itaboraí, também na Região Metropolitana. De acordo com a delegada adjunta da 71ª DP (Itaboraí), Renata do Amaral, a polícia expediu um novo mandado de prisão, desta vez por fuga, em 18 de março.
Pulseira foi adotada em fevereiro

A pulseira ou tornozeleira de monitoramento passou a ser usada no início de fevereiro deste ano, após um convênio entre o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) . De início, 300 presos foram selecionados para utilizar o equipamento.
As algemas custam à Seap cerca de R$ 650 por mês, incluído o custo da infraestrutura para seu monitoramento. Elas são à prova d’água e foram produzidas no Brasil. O monitoramento dos detentos é feito pela secretaria e acompanhado pela Vara de Execuções Penais (VEP). Caso haja algum problema, um alarme é disparado nos dois locais.
“Existem três situações em que o alarme será acionado: se o preso sair do perímetro determinado pela Sesp, se as tornozeleiras/pulseiras forem cortadas ou se o preso morrer, o que será detectado pela falta de batimentos cardíacos. O monitoramento não servirá apenas para inibir a evasão, mas também vai coibir casos de presos que saem do presídio para roubar e voltam”, disse o juiz titular da VEP, Carlos Augusto Borges, antes da implantação das pulseiras no estado.g1

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