1 de fevereiro de 2012

180 vigilantes de transporte de valores aderem à greve em Maringá

Os funcionários das três empresas que atuam com o transporte de valores em Maringá não trabalharam nesta quarta-feira (01) e participam da greve que atingiu todo o Estado do Paraná desde a meia-noite.
Segundo o chefe de equipe de carro forte e líder sindical que representa os funcionários de Maringá, Reinaldo Gouveia Terrão, até às 15h30 desta quarta-feira os assessores patronais não se manifestaram quanto às reivindicações exigidas na greve, que são reajuste salarial de 13%, convênio médico custeado pelas empresas, participação no lucro das empresas e inclusão do adicional de 30% por risco de vida no 13º salário e nas férias.
Terrão afirma que as empresas aceitaram aumentar o salário em 5,7%, que seria um aumento relacionado ao Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC). "Queremos esse reajuste, mas somado ao ganho real de 13%, além das outras reivindicações".
A média salarial de um vigilante é de R$ 1.300, mais os 30% adicionais por risco de vida (que não entram na carteira de trabalho). O salário inicial de um tesoureiro é de R$ 740. Caso os empresários aceitem a pedida de reajuste, um vigilante teria um aumento médio no salário de R$ 250.
Os funcionários reclamam não apenas de salários baixos, mas também por melhores condições de trabalho. Das 17 viaturas da empresa onde Terrão é funcionário, por exemplo, apenas uma foi equipa, e recentemente, com o sistema de ar-condicionado.
"Nosso salário está aquém do que a gente merece porque nossa profissão é de risco, corremos riscos de assaltos e de acidentes de trânsito, além da insalubridade. Os carros são muito quentes", diz ele.
Calcula-se que a greve dos funcionários que atuam no transporte de valores esteja atingindo 4 mil vigilantes e tesoureiros em todo o Paraná. Em Maringá são aproximadamente 180 pessoas que atuam nesse ramo. Eles trabalham para as empresas Proforte (grupo Protege) e Brinks, ambas com base em Maringá, e também para a Prossegur, que tem base em Londrina. Juntas, as empresas contam com cerca de 30 carros fortes que circulam diariamente por toda a região.
Caso a greve prossiga nos próximos dias existe um risco real de que falte dinheiro, principalmente nos caixas eletrônicos das agências bancárias. Os funcionários no transporte de valor de Maringá atendem a uma ampla região, abrangendo municípios como Campo Mourão, Cianorte, Umuarama e outras cidades menores.
Assembleia
Terrão afirma que ainda nesta quarta-feira haverá uma assembleia para que os funcionários espalhados por todo o Paraná discutam as possíveis propostas e planejem as atividades para esta quinta-feira (02). "Amanhã é quase certo que todos os vigilantes do Paraná ainda estarão com os braços cruzados", diz.
A reportagem não conseguiu contato com os empresários ou assessores das empresas responsáveis pelo transporte de valores no Estado.(fonte odiario)

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