29 de março de 2011

Em mais um dia de lotação no PAM, paciente se revolta e tira a roupa em Londrina

Uma mulher de 57 anos se revoltou com a demora por atendimento no Pronto-Atendimento Municipal (PAM), problema que a população vem enfrentando há várias semanas em Londrina, e tirou a blusa em sinal de protesto na tarde desta terça-feira (29). Segurando a roupa nas mãos, Raquel Basseto disse que só iria voltar a se vestir após ser atendida por um médico. Ela chegou à unidade às 11h25 com hemorragia gástrica, foi triada pela equipe de enfermagem, mas, até as 17h30, não havia sido atendida.
“Londrina inteira é testemunha do que está acontecendo na saúde. Por que existe tanta omissão? Por que as autoridades não tomam providências? Por que a população não reage?”, reclamou. A sala de espera do PAM estava lotada na tarde desta terça-feira e muitas pessoas reclamavam da demora. Uma menina de 13 anos chegou ao local com suspeita de dengue e foi medicada por uma enfermeira, sem passar por um médico.
José Batolato Neto, de 48 anos, chegou à unidade às 11h05 encaminhado pelo Samu, com pressão alta. Até as 17h30 não havia sido atendido por um médico. “Apenas mediram minha pressão”, contou. Ele disse que se não fosse atendido logo procuraria a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência (BO).
Os funcionários do PAM não falaram com a reportagem do JL e disseram que somente o gabinete da Secretaria Municipal de Saúde poderia passar informações. O diretor-executivo da Secretaria, Márcio Nishida, disse que apenas dois médicos estavam de plantão no PAM esta tarde. Segundo ele, os dois profissionais são contratados pelo município. Dois médicos da Classmed, empresa contratada pela Prefeitura para preencher os furos da escala, que completariam o quadro, não foram trabalhar. (fonte gazetademaringa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário