13 de novembro de 2014

Três são denunciados pelo Conselho Tutelar por dar cerveja a bebê em Sarandi

imagem ilustrativa
O Conselho Tutelar de Sarandi concluiu nesta quarta-feira (12), e encaminhou para a Promotoria da Vara da Infância e Juventude, o processo sobre o caso de um menino de 1,5 ano que teve uma foto publicada e compartilhada no Facebook bebendo cerveja em um bar. Foram denunciados o pai, a mãe e uma mulher que foi companheira dela e autora da postagem na rede social.
Para o Conselho Tutelar, expor em uma rede social a foto de uma criança bebendo cerveja é um fato grave, passível de punição aos responsáveis. O artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê, nestes casos, pena de prisão de 1 a 4 anos para os responsáveis. E, se os pais forem os responsáveis pelo delito, podem perder a guarda da criança.
Para o delegado Reginaldo Caetano da Silva, o ECA é claro quando prevê pena para quem "oferece produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida".
O delegado interrogou na última terça-feira os denunciados pelo Conselho Tutelar e considerou que os três foram contraditórios e tentaram se defender mentindo a respeito da foto. A mulher que fez a postagem, por exemplo, começou tentando convencer a polícia que um hacker invadiu a página dela no Facebook e publicou a imagem. A mãe alegou que "alguma pessoa" tirou a foto e mandou para um hacker. Não conseguiram explicar porque uma criança estava em um bar bebendo cerveja.
Os três afirmavam que não sabiam que se tratava de cerveja. Além disto, na cadeira de bebê onde estava o garoto havia, de forma bem visível e com o rótulo voltado especialmente para a foto, uma garrafa de marca de cerveja bem conhecida.
Os comentários feitos na rede social pelos próprios denunciados mostram ao delegado que eles sabiam muito bem do que estavam falando. "Desde pekeno aprendendo oq é bom da vida kkkk" (sic)", postou a mulher que foi amante da mãe da criança. "Puxou o pai né filhão kkk " (sic)", comentou o pai.
Histórico
A criança foi assunto para o Conselho Tutelar de Sarandi desde antes de nascer, quando o suposto pai se negou assumir a paternidade quando a mãe, então com 17 anos, ainda estava grávida. Ele nunca morou com o menino e nem aparece como pai no registro de nascimento . A mãe, após o nascimento da criança, iniciou um relacionamento com outra mulher e, pelas informações do Conselho Tutelar, o bebê é criado pela avó.
A conselheira tutelar Edna Klip, que acompanha o caso, diz que o histórico já é suficiente para comprovar que a criança vive em uma situação de vulnerabilidade e a mãe a deixava com qualquer um.(odiario)

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