Uma mulher neozelandesa recebeu nesta semana notícias de seus dois filhos, sequestrados em Londres pelo próprio pai há mais de 30 anos, após a publicação de um livro que conta o périplo de Paulette Moray em busca de seu paradeiro.
Sasha, de 4 anos, e Naomi Moray, de 2, haviam desaparecido em julho de 1981 após serem levados pelo pai, Max Moray, que havia se separado de Paulette, em uma visita de fim de semana.
Após uma batalha legal pelo divórcio, Paulette havia ganho a guarda das crianças na Justiça.
Detetives particulares
Durante todo esse período, a única pista que Paulette teve sobre os filhos foi uma carta enviada pelo pai das crianças a um diário britânico, dois anos após o sequestro, na qual dizia apenas que eles estavam bem.
Segredo
A história da busca foi contada no livro The Hunt, de autoria de London e do jornalista Ian Wishart, que está sendo lançado nesta semana na Nova Zelândia e na Grã-Bretanha.
"A incrível história por trás do livro é que George London conseguiu o que a Scotland Yard (a polícia metropolitana de Londres) não conseguiu – uma pista sobre o sequestrador das crianças", afirmou Wishart.
A busca e a própria existência do livro foram envolvidas em segredo para evitar que Max Moray não descobrisse a história verdadeira e cortasse o contato.
Quando George finalmente conseguiu descobrir os contatos de Sasha, na semana passada, eles enviaram ao rapaz por e-mail uma cópia do livro, que termina com um apelo pessoal de Paulette para que os filhos entrem em contato com ela.
Três dias depois, Sasha enviou uma resposta, endereçada à "Querida Mamãe", fechando finalmente o ciclo das buscas de Paulettte.
"Recebi o e-mail de Ian há três dias e passei o dia inteiro lendo e tentando digerir o que estava se desdobrando na frente de meus olhos", diz o rapaz, que hoje vive na Espanha, acrescentando que ele e a irmã, em Israel, haviam passado os dias anteriores em contato constante para discutir o assunto e como responder à mensagem da mãe.
"Estamos ambos felizes, estupefatos, surpresos, tristes, intrigados e espantados por tudo isso, mas como você disse, o futuro pode ser nosso – e pretendemos fazê-lo assim", encerra o e-mail.
Momento aguardado
Paulette ainda não se reuniu pessoalmente com os filhos, mas diz que não pode esperar por esse momento.
"O e-mail deles foi o primeiro contato em 30 anos e foi a coisa mais emocionante que já me ocorreu. Não posso esperar pelo primeiro encontro. Deve ter sido um grande choque para eles descobrir que sua mãe os estava procurando por 30 anos", afirmou ela à mídia britânica.
"Eu pensava neles todos os dias. Você não saber em que lugar do mundo eles estão e fica pensando se eles ainda estão vivos", disse.bonde
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