Assustada e ainda sem entender o porquê de ter sido vítima de uma ‘agulhada’, Jhenifer Inácio, a moça que foi ‘atacada’ por um homem com uma seringa com sangue, contou que está sob efeito dos medicamentos, de um forte coquetel preventivo que precisa ingerir para evitar ser contaminada com alguma doença grave. Ela contou que tudo aconteceu no ônibus em que ela usa diariamente para o trabalho. “Eu desci no tubo Eufrásio Corrêa e só senti dor quando ele enfiou a agulha em mim. Quando olhei para trás meu vestido estava rasgado e sujo de sangue”, relata. “Eu só vi ele sair andando com uma seringa na mão, não tinha percebido ele no ônibus, não vi se ele estava mesmo no ônibus e nem perto de mim”.
O rapaz, segundo ela, era moreno, muito magro e usava um boné de aba reta. Diante da situação, Jhenifer ficou apavorada e buscou socorro no Hospital Cajuru. “No Cajuru não tinha toda a medicação que eu preciso, então fui encaminhada ao Hospital do Trabalhador”.
Ela está em repouso e conta que os efeitos colaterais do coquetel são bastante ruins. “Agora estou mais calma e sei que é necessário tomar esses remédios, mas dão náusea, tontura. Mas, diante do risco de contaminação, é o de menos”, conta. “Conversei com os médicos, eles disseram que além de HIV, as hepatites seriam um risco grande”.
Conforme os médicos explicaram a ela, a contaminação com o HIV seria mais difícil e ocorrer. Mas, como não se sabe exatamente se o sangue que foi injetado nela tinha alguma contaminação, todo esse processo de prevenção é mesmo muito importante. O tratamento é chamado de profilaxia pós-exposição e é composto por medicamentos que fazem parte do tratamento da Aids.
Ela também registrou o boletim de ocorrência e nesta manhã, encaminhou à polícia o vestido que usava no dia do ataque. “Eles pediram para ser periciado”. O que ela espera agora, é que o suspeito seja localizado. “Não quero que outras pessoas passem por isso, é muito assustador”.
Em São Paulo e Salvador, casos semelhantes de ataques com seringas no transporte foram registrados neste ano. Em São Paulo um homem acabou reconhecido por seis vítimas e acabou encaminhado para tratamento em um hospital psiquiátrico. Ele era, segundo a polícia, morador de rua e tinha problemas mentais.(massanews)
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