24 de setembro de 2013

Diz namorado de suspeita por morte na Unicamp 'Foi legítima defesa'

                                     O cara tentou agarrar ela a força, bateu nela. Foi legítima defesa. Ele foi o culpado. Infelizmente ele morreu e não está aqui para poder comprovar nada". A declaração foi dada na madrugada desta terça-feira (24) por Anderson Mamede, namorado da mulher que teria sido a causa de uma confusão durante uma festa dentro do campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas (SP), e que resultou na morte do universitário Denis Casagrande, de 21 anos, com um golpe de faca no sábado (21).
A companheira de Mamede ficou em silêncio ao deixar a delegacia. Após mais de 12 horas de depoimentos e diligências sobre o crime, testemunhas do caso também afirmaram na madrugada de terça-feira que a jovem assumiu para a polícia a autoria do crime. O delegado titular do Setor de Homicídios e responsável pelo caso, Rui Pegolo, no entanto, nega que houve confissão formal.
"As investigações avançaram satisfatoriamente hoje [segunda-feira]. Vamos receber as cópias das imagens do circuito de segurança do campus. Dependemos da parte contrária ser ouvida, ouvir amigos da vítima para finalizar o inquérito. Isso deve ocorrer até o fim desta semana", afirma Pegolo. As testemunhas ouvidas pela Polícia Civil na segunda-feira (23) foram liberadas após prestarem esclarecimentos. Segundo alguns policiais ouvidos pelo G1, a falta da situação de flagrante, quando o autor é pego imediatamente após o crime, pode explicar o fato de a menina ter sido liberada pelo delegado.
'Bati, mas não matei'
Companheiro da suspeita, Anderson Mamede também participou da confusão e, na manhã de segunda-feira, negou a autoria do crime, mas admitiu ter agredido Denis Casagrande. "Eu bati nele [com o skate] porque ele assediou a minha namorada, mas não fui eu que dei a facada, eu não matei e não estava com a faca", afirmou o rapaz ao deixar o Setor de Homicídios acompanhado do delegado Rui Pegolo para uma diligência.
Durante todo o dia, um adolescente, que é amigo do casal e presenciou a briga, também permaneceu na delegacia para ser ouvido. Na saída do prédio, ele também relatou que a jovem confessou o crime e, ao lado da mãe, que preferiu não se identificar, repetiu o discurso de que ela teria agido em legítima defesa. "Ele provocou. Não só para xavecar. Eles queriam que a gente saísse da festa", contou o menor que disse que a turma, que se autointitula "punk", teria sido hostilizada por universitários.

Faca apreendida
Por volta das 23h de segunda, o delegado Rui Pegolo e parte da equipe dele saíram em diligência com a garota suspeita. Policiais relataram ao G1 que eles teriam ido até a Unicamp, no local onde ela teria abandonado a arma usada no crime. Quando retornaram para a delegacia, um dos investigadores carregava um objeto em formato de faca envolto por um plástico. Questionado sobre a apreensão da arma, o responsável pelo caso disse que esta informação ainda não pode ser divulgada.

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