A notícia foi recebida em clima de revolta por familiares e amigos de Marisol. “Aumenta a nossa angústia. Estamos há oito anos esperando. Eles estão tentando empurrar o julgamento há muito tempo, não sei se é para cair no esquecimento, mas não vamos deixar isso acontecer”, afirma a auxiliar de enfermagem Ana Paula Machado, irmã de Marisol, na edição de hoje da ”Tribuna do Norte”, de Apucarana.
O motivo do crime, segundo a denúncia do Ministério Público, seria a tentativa de receber o prêmio de aproximadamente R$ 700 mil de três seguros feitos em Portugal e aqui no Brasil, dois meses antes da morte da jovem.
Fabiano e Marisol estavam casados há um ano e moraram em Portugal, onde os seguros foram feitos. Eles haviam voltado para Arapongas um mês antes do fato. Os gêmeos não assumem a autoria do crime. Eles alegaram ter ocorrido um latrocínio (roubo seguido de morte), porque teria sumido mais de R$ 8 mil que tinham em casa.
Os dois ficaram três anos presos, conseguiram habeas corpus e ganharam direito a responder o processo em liberdade condicional, porque o julgamento não havia sido marcado. “Foi por excesso de prazo. Não tinham nem formado a culpa deles ainda”, explica o advogado João dos Santos Gomes Filho.
A grande expectativa agora é saber quando e onde ocorrerá o julgamento. Sabendo-se que em caso de condenação a defesa deverá recorrer para o Tribunal de Justiça e, na sequência, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o caso Marisol vai se consolidando como mais um triste exemplo da impunidade e da morosidade da Justiça no Brasil...
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