14 de março de 2013

Detentos se rebelam e fazem agente refém no minipresídio de Maringa:




Um agente penitenciário é mantido refém por detentos do minipresídio da 9ª Subdivisão Policial (SDP), em Maringá, que se rebelaram na noite desta quinta-feira (14). O motim teve início após a conclusão da revista, realizada nesta tarde, que resultou na apreensão de 34 aparelhos celulares e alguns estoques (facas improvisadas) em posse dos detentos. Dois aparelhos foram encontrados escondidos dentro do corpo de uma detenta, que, junto com duas colegas, recusava ser submetida a revista.
Segundo informações preliminares, a rebelião começou por volta das 19h40 quando um grupo de presos retornou do Fórum e foi informado da revista feita nas celas. Eles renderam o agente peninteciário - identificado apenas como Charles - no momento em que eram colocados em uma das celas.
Por telefone, um preso que não quis se identificar relatou à reportagem de O Diário que o clima é de muita tensão no interior do prédio e que um detento foi baleado na perna e na barriga. Equipes do Siate foram chamadas e se deslocaram até o minipresídio.
O minipresídio está cercado por policiais civis e militares. Todo o efetivo do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foi acionado, inclusive a Tropa de Choque. Em caso de invasão, os detentos ameaçam matar o refém.
Em frente ao minipresídio, familiares dos detentos estão apreensivos em busca de notícias. Muitos relataram à reportagem terem sido informados pelos próprios detentos sobre a rebelião por meio de celulares.
Os rebelados pedem a presença do juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) e da Comissão dos Direitos Humanos. Segundo o superintendente da 9ª SDP, investigador Aécio Silveira, que está no interior do minipresídio participando das negociações pelo fim do motim, os presos reclamam da superlotação e reivindicam transferências para outras unidades prisionais. A carceragem da 9ª SDP conta hoje com 348 detentos - entre os quais 43 são mulheres. No total, 16 delas já são condenadas
Os rebelados reclamam ainda da ação dos policiais da Tropa de Choque, responsáveis pela contenção dos detentos, alegando serem vítimas de agressões durante as revistas. Outra reclamação são os danos causados as pertences pessoais - como roupas, rádios, aparelhos de televisão e até mesmo alimentos - pelos agentes e investigadores durante a operação bate-grade.(fonte odiario)

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