Os familiares da vítima ligaram para o 192 por volta das 18 horas, após vê-la passar mal. Como a ambulância não chegava, os vizinhos discaram para o número novamente e descobriram que o primeiro pedido não havia sido registrado. A esposa dele, Hilda Andrade, lamentou o descaso do serviço. "Os vizinhos vieram, mas não tinham como colocá-lo no carro. Tentamos fazer de tudo, todo mundo tentou, mas o Samu não veio e falou que não fizemos o pedido da ambulância", contou, em entrevista à CBN Londrina.
Após duas horas de espera, Junior morreu. O carro da Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf), inclusive, chegou antes da ambulância. "Não tenho nem como descrever, estou em estado de choque. Não tenho como falar o que estou sentindo. Não caiu minha ficha. É muita humilhação. Tiraram tudo de nós, até a dignidade", desabafou a viúva.
A Secretaria Municipal de Saúde informou, em nota enviada à imprensa no início da noite desta terça-feira (4), que vai instaurar procedimentos administrativos para apurar se houve falhas no protocolo de atendimento ou execução feito pelo SAMU. A pasta também afirmou que o episódio será analisado com prioridade. Caso sejam constatadas irregularidades, os responsáveis estarão sujeitos às penalidades previstas no Estatuto do Servidor.
Ainda de acordo com a nota, na noite de segunda (3) havia seis ambulâncias disponíveis para atendimento à população. (bonde)
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