A criança não entende ainda o que é uma separação, mas ao notar que um dos membros do casal não dorme em casa, é provável que pense que é por sua culpa, e reaja de formas opostas: ou fique muito obediente (pensando se for bom, o papai voltará), ou também muito mais agressivo ou rebelde, como era de se esperar quanto ao seu caráter.
Nesta idade, alguns dos pequenos negam a separação tanto a si mesmos quanto aos demais (mentem aos parentes ou amigos, dizendo que seus pais ainda dormem juntos à noite, e continuam brincando de bonecas durante meses, simulando sua própria família e fazendo que seus pais durmam um ao lado do outro).
As crianças sofrem ainda um grande temor de serem abandonadas, junto com uma profunda sensação de perda e de tristeza. Podem sofrer transtornos do sono, de alimentação, e adotar condutas regressivas.

Divórcio com filhos entre 6 e 9 anos
Aparecem sentimentos de rejeição, fantasias de reconciliação e os problemas de atitude. É possível que as crianças experimentem raiva, tristeza e nostalgia pelo pai que se foi. Nos casos em que os cônjuges tenham tido conflitos graves, alguns filhos podem viver uma luta entre seus afetos pelos pais e pela mãe. Outras vezes, se descuidam no aspecto material, obrigando-os a prepararem a comida, a vigiar os irmãos menores e assumam responsabilidades muito pesadas para sua idade.
Divórcio com filhos entre 9 e 12 anos
Os filhos podem manifestar sentimentos de vergonha pelo comportamento dos seus pais, e cólera ou raiva pelo que tomou a decisão de se separar. Além disso aparecem as tentativas de reconciliar aos seus pais, o descontrole dos hábitos adquiridos e problemas somáticos (dores de cabeça, estômago, etc.).
Divórcio com filhos adolescentes
Dos 13 aos 18 anos, a separação dos pais causará problemas éticos, e provocará, portanto, fortes conflitos entre a necessidade de amar ao pai e a mãe e a desaprovação de sua conduta. Geralmente as reações mais comuns nesta etapa são:
• Amadurecimento acelerado, ou seja, o adolescente adota o pai progenitor ausente, aceitando suas responsabilidades;
• Por outro lado poderá adotar uma conduta antissocial: não acata nem aceita normas, desobediência, condutas de roubo, consumo de álcool, drogas, etc.
"A separação não deve causar todas essas reações, mas sim algumas delas. É importante destacar que a diversidade de experiências que vivem as crianças depois da separação dos pais, é, de qualquer modo, um sinal positivo, porque prova que o divórcio não é a única coisa que as prejudica, e que, muitas delas, superam a crise familiar, saindo delas mais fortes e mais maduros que seus conterrâneos que pertencem a famílias unidas", completa o pediatra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário