27 de abril de 2012

Penitenciária Estadual de Alcaçuz está prestes a “explodir”

Mesmo tendo saído satisfeita da inspeção realizada ontem pela manhã no Centro Educacional (Ceduc) Pitimbu, a juíza Ilná Rosado Motta, da Vara da Infância e Juventude de Parnamirim, não descarta totalmente a possibilidade de fechamento da unidade socioeducativa. O motivo é uma nova demanda que lhe foi repassada durante a vistoria: a falta de policiais suficientes para a guarda do Ceduc. Apenas cinco deles trabalham no local por dia. Por causa disso, os 33 adolescentes internos da unidade estão sendo mantidos confinados 24h por dia, sem direito sequer a aulas ou mesmo banho de sol. O comandante da Companhia de Policiamento de Guarda (CIPGD), o capitão PM João Fonseca, acredita que bastam quatro policiais para se evitar fugas no local e afirma que não tem perspectivas de aumento de efetivo para o Ceduc a curto prazo. Durante a visita que fez ontem ao Ceduc Pitimbu, Ilná Rosado recebeu a informação do diretor da unidade, José Alberto Ferreira, de que os adolescentes infratores que cumprem medida socioeducativa ali estavam confinados permanentemente há cerca de 15 dias por falta de segurança. Os cinco PMs que trabalham no local não seriam suficientes para garantir a segurança para a retirada dos internos das celas. Dessa forma, os jovens estavam sem ter aulas ou qualquer outra atividade. “Eles sequer estão podendo ir ao refeitório para fazer a alimentação, que agora é levada até eles”, comenta a magistrada. Diante da situação, a juíza pretende oficializar o Comando Geral da PM para que seja enviado um reforço policial para a unidade. Segundo José Alberto, o mínimo necessário é de 12 policiais. “Quando havia esse número, trabalhávamos tranquilamente. Porém eles foram sendo remanejados e não mais foram repostos“. Para Ilná Rosado, o confinamento e a consequente falta de atividades é bastante prejudicial aos adolescentes. “Cria-se um clima grave de animosidade entre eles, pois ficam ociosos e confinados. Essa situação é perigosa, pois temos históricos de homicídios aqui no Ceduc“. ( Fonte Jarbas Rocha )

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