Familiares de Karina Colimo, de 10 anos, prestaram a última homenagem para a menina assassinada em Bocaiúva do Sul, região metropolitana de Curitiba, durante o enterro que aconteceu na tarde desta quinta-feira no Cemitério Água Verde, na capital.
Emocionada, Elaine Gisele de Lima, mãe de Karina, fez um desabafo à Rádio Banda B. “Eu fico me perguntando, por que o pai só procurou no dia seguinte?Por que eu tive que vir de São Paulo falar com o Sicride? Ele (pai) estava completamente frio, uma atitude que eu não teria. O corpo da Lucineia (madastra de Karina) estava perto de casa, como ele não achou?”, questionou.
Entretanto, quanto a participação do pai no crime, Elaine não acredita nesta hipótese. “Não posso afirmar isto e confio na justiça. Ele tem comportamento agressivo, mas sempre foi carinhoso com ela. Quando nasceu, pegava o bebê no colo, não quero acreditar nisso”, disse.
Outro fato lamentado por Elaine é não poder enterrar sua filha. “Não pude nem dar um velório. Agora vão ficar as boas lembranças, era uma menina linda, meiga, prestativa, inteligente e muito querida, por todos”, relatou.
O pai da menina, citado por Elaine, esteve presente no sepultamento, mas não quis falar com a imprensa.
O caso
Karina e a madrasta, Lucineia Luiza de Almeida, de 27 anos, estavam desaparecidas desde o último dia 19, quando foram vistas pela última vez na chácara onde moravam com o pai da menina, em Bocaíuva do Sul.
O corpo de Lucineia já havia sido encontrado na segunda-feira (23), em um matagal, na zona rural do município. O cadáver da menina foi encontrado por volta das 13h desta quarta-feira, nas proximidades de onde o assassino deixou o primeiro corpo. Os trabalhos da Polícia Civil se concentram agora na identificação e localização do suspeito de cometer os homicídios.
O corpo da menina foi encontrado debaixo de umas folhagens, com as roupas jogadas do lado. A polícia trabalha com a hipótese de ter havido violência sexual nas duas mortes.
Até agora, cinco pessoas foram ouvidas no inquérito que investiga a morte de Lucineia e Karina. O principal suspeito do crime é um homem contratado pelo marido de Lucineia e pai de Karina para limpar o terreno da chácara onde viviam. Ele foi identificado como Altamir José Rodrigues, de 33 anos, e é foragido da Colônia Penal Agrícola. O suspeito já enfrentou acusação de homicídio e roubo.
O delegado Homero Viera Neto, de Bocaiúva do Sul, não tem dúvidas do envolvimento de Altamir no crime e vê poucas chances da participação do pai de Karina e marido de Lucineia nos crimes, possibilidade levantada por uma amiga da vítima que teria mensagens de celulares que comprovariam que ela estaria sendo ameaçada por ele. "Estamos investigando para ver se essa denúncia procede. Essa amiga mora em uma cidade fora de Curitiba e já estamos providenciando que ele seja ouvida pelo delegado da região. Hoje, não vejo elementos para concluir que haveria participação do marido nos crimes", afirmou.( Fonte Banda B )
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