16 de março de 2012

Pai culpa Hospital Universitário por morte de bebê

Criança tinha 49 dias e entre os diagnósticos possíveis, há suspeita de coqueluche...
Publicado em 16 de Março de 2012 às 21h34min | Luana Monteiro | CGN | Atualizado às 22h01min
Com 49 dias Marcelo Manuel de Oliveira Souza morreu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Universitário de Cascavel. Sofrendo com a falta do filho, os pais denunciam o que consideram descaso do hospital.
A criança internou na segunda-feira (12) com insuficiência respiratória e entre os diagnósticos possíveis, a suspeita de estar com coqueluche. No dia seguinte o menino teria ido para o quarto, sofrido paradas respiratórias e voltado para o tratamento intensivo, onde morreu ontem (15).
“Passaram para nós que ele estava com infecção pulmonar e que poderia ser coqueluche, que é uma doença grave e, por isso, no meu entender, ele não deveria ter saído da UTI e ter ido para o quarto. Tiraram o sangue do meu filho por muitas vezes e repetiam dizendo que tinha coagulado. Uma criança não tem tanto sangue assim. Tanto que quando ele morreu, o médico disse que faltou sangue para oxigenar o cérebro”, relata o pai Marcelo Aparecido de Souza.
O pai conta que a criança teve duas paradas respiratórias no quarto, mas que a princípio uma enfermeira teria falado que isso era normal. Depois disso, o menino voltou para a UTI. A família questiona a imprecisão do diagnóstico, tendo em vista que a criança estava com suspeita de pneumonia, H1N1, leucemia ou coqueluche.
A família diz que vai acionar o hospital, pois, quer esclarecer as causas da morte. O pai diz que fará isso para que outras famílias não chorem, como ele, pela perda dos filhos.
“Eu peço que os profissionais tenham mais carinho com os filhos dos outros, que passem o laudo específico, que façam a troca de turno adequada para que o outro médico saiba o que aconteceu. Se não sabem o diagnóstico, que deixem a criança na UTI. Eu preciso de respostas, não para que olhem para mim, mas para que olhem para as crianças que estão na UTI e que vão chegar lá. Não quero que outras pessoas percam seus filhos. Hoje eu perdi meu chão e isso não pode acontecer por imprudência, porque para mim isso foi imprudência, até que provem o contrário”.

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