21 de novembro de 2013

Morta em atropelamento em SP iria se casar em 2014, conta irmão

Jéssica Silva foi atingida quando ia com noivo ao show de Gusttavo Lima.
Motorista fugiu sem prestar socorro e é procurado pela polícia em SP.



Jéssica Silva (Foto: Reprodução / arquivo pessoal)Jéssica Silva (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
A jovem que morreu atropelada por um carro na madrugada desta quarta-feira (20) na Ponte do Piqueiri, Zona Norte de São Paulo, estava de casamento marcado para 2014. De acordo com parentes de Jéssica Bueno Rodrigues da Silva, a jovem de 22 anos planejava se casar com o noivo no final do próximo ano.
Jéssica foi atropelada por um Fiat Stillo amarelo, cujo motorista fugiu sem prestar socorro. Com o impacto da colisão, o corpo de Jéssica atravessou o para-brisa, ficou preso ao automóvel e foi carregado por 200 metros até o condutor e mais dois ocupantes pararem o automóvel e o abandorem na Ponte do Piqueri, que liga as avenidas General Edgar Facó e Ermano Marchetti, na região de Pirituba.
O veículo foi apreendido e seu dono identificado pela Polícia Civil. A investigação quer saber se o proprietário dirigia o carro e quer ouví-lo. Além disso, investigadores buscam câmeras de segurança que possam ter registrado o acidente.
“O noivo está arrasado. Eles iriam se casar no fim do ano que vem”, falou o irmão de Jéssica, o coordenador Diego Peres Rodrigues, de 27 anos.
Segundo ele, sua irmã estava feliz porque também havia conseguido um novo emprego e iria começar a trabalhar nos próximos dias. “Ela era batalhadora. Estava empregada, mas tinha passado na seleção para ser operadora de telemarketing e poder ajudar a filhinha”, disse Diego sobre a sobrinha de 4 anos, fruto de outro relacionamento de Jéssica. “Como vou explicar para a menina que a mãe dela morreu?”

O corpo de Jéssica deverá ser enterrado na manhã de quinta-feira (21) no cemitério Vila Nova
Segundo o irmão, Jéssica foi atropelada quando estava com o noivo e mais dois casais de amigos a caminho do show do cantor sertanejo Gusttavo Lima, no Centro de Tradições Nordestinas.

De acordo com o relato das testemunhas, o grupo se preparava para pegar um ônibus na Ponte do Piqueri no momento em que um Fiat Silo amarelo que disputava racha com outro veículo avançou o sinal vermelho e atingiu a mulher na faixa de pedestres.

“Me contaram que o limite da via é de 60 km/h, mas que esse carro que atropelou minha irmã estava a mais de 100km/h”, disse Diego Rodrigues. “Para você ter uma ideia, o veículo passou tão rápido que acharam que ela tivesse sido sequestrada por ele.”
Diego relatou que as pessoas que acompanhavam Jéssica não viram o momento em que ela foi atingida pelo carro. Por isso, acharam que ela tinha sido sequestrada.
Fiat Stilo que atropelou e matou Jéssica Silva (Foto: Kleber Tomaz / G1)Fiat Stilo que atropelou e matou Jéssica
Silva (Foto: Kleber Tomaz / G1)
“Ela resolveu atravessar a rua antes do grupo quando um carro parou, outro desviou e um terceiro a atingiu. Num piscar de olhos ouviram um barulho e ela sumiu. Acharam até que era sequestro. Só a encontraram quando três pessoas não identificadas desceram do carro mais a frente e viram minha irmã. O corpo dela estava preso ao parabrisa dianteiro, com as pernas para cima, encaixadas no teto solar do carro, já sem vida”.Mulher morre após ser atropelada por carro ecarregada por 200 metros na Zona Norte.
Sem intenção
O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar) a direção de veículo automotor e fuga de local de acidente no 91º Distrito Policial, Ceasa, na Zona Oeste. Apesar disso, o caso será investigado pelo 7º DP, Lapa, responsável pela área onde ocorreu o atropelamento.

“Na delegacia os policiais me disseram que o caso da minha irmã só seria investigado na quinta porque esta quarta é feriado”, reclamou Diego. A informação foi negada à equipe de reportagem pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP). De acordo com a pasta, o 7º DP investiga o caso desde a manhã.

“Neste país não existe o quê? Justiça. Ele [motorista] fugiu do flagrante e não vai acontecer absolutamente nada, nada. É o país da gente”, disse Rose dos Santos, prima da vítima. "Se for encontrado não será preso porque não teve flagrante e vai responder por um crime culposo, sem intenção de matar".
Dono do carro
Até às 15h o dono do Fiat Stillo ainda não havia sido localizado pela polícia. Os investigadores pretendem achá-lo para purar se era ele quem dirigia no momento do atropelamento. O nome do proprietário não foi divulgado. Policiais civis disseram que não haviam queixas de roubo e furto do carro.

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