Há ainda outros dois operários desaparecidos no leito do rio. As buscas foram suspensas no final da tarde e serão retomadas a partir das 7h desta terça-feira (2), quando também será iniciado o trabalho de resgate dos corpos já localizados. A empresa responsável pelas obras está atrás de equipamentos que ajudem na remoção das estruturas que prendem os cadáveres, de acordo com informações do setor de comunicação social dos bombeiros. Este foi o segundo acidente na obra desde maio, quando dois funcionários ficaram feridos e pendurados a 15 metros do chão após o rompimento de um cabo de sustentação.
Mergulhadores dos bombeiros coordenaram as
buscas aos corpos (Foto: Sinticompi/Divulgação)
buscas aos corpos (Foto: Sinticompi/Divulgação)
Outros cinco funcionários ficaram feridos durante o acidente desta segunda-feira. Três conseguiram se soltar dos cabos de segurança e nadaram até a margem do Rio Piracicaba. Dois precisaram ser resgatados por helicópteros da Polícia Militar. Equipes do Sindicato da Construção e do Ministério Público do Trabalho vistoriaram o local. Após o acidente, o Ministério do Trabalho e Emprego determinou a interdição das obras por tempo indeterminado
Em nota enviada no início da noite, a concessionária Rodovias do Tietê, contratada pelo governo do estado para expandir a malha rodoviária na região, informou que "lamenta o acidente" e o considera "uma fatalidade". A empresa relatou ainda que vai aguardar os laudos da Polícia Civil e do Ministério do Trabalho sobre as causas do acidente. "A concessionária não medirá esforços para colaborar com a apuração dos fatos", relatou a nota da assessoria de imprensa.
Viga de sustentação despencou por volta das 8h
desta segunda-feira (Foto: Sinticompi/Divulgação)
Milton Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Piracicaba (Sinticompi), disse que o acidente não foi uma fatalidade. Para ele, ocorrências como esta são previsíveis.desta segunda-feira (Foto: Sinticompi/Divulgação)
Ainda de acordo com Costa, o andamento da obra pode ser prejudicado por falta de mão de obra devido às mortes. “Os operários foram dispensados, mas existe um abalo, um trauma, e muitos podem não querer voltar à construção”, afirmou.
Helicópteros da Polícia Militar foram acionados para ajudar no resgate às vítimas (Foto: Fernanda
Nenhum comentário:
Postar um comentário