Oriundos de São José do Rio Preto (SP), os nordestinos estavam em um alojamento no Conjunto Habitacional Milton Gavetti, na zona norte. A casa não tinha energia elétrica, água nos sanitários, geladeira, fogão, chuveiro e móveis. Além disso, o grupo só recebia o almoço, deixando de fazer as demais refeições.
Sob a promessa de receber R$ 4 mil mensais, os trabalhadores vieram para Londrina na última terça-feira (16) para tocar uma obra nas proximidades da PUC. O empreiteiro que viabilizou o transporte dos trabalhadores também havia comentado que eles ficariam em um hotel. Porém, ao chegar a cidade a realidade foi outra.
"Eles estavam amontoados em colchonetes espalhados pelo chão. tudo fedia a mofo. tinha goteiras na casa, que por fora era até bonita, mas não tinha estrutura nenhuma. É um trabalhoanálago ao de escravo", comentou o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Miobiliário e Londrina e região (Sintracom), Luiz Afonso de Melo.
Após receber a denúncia, o Sintracom entrou em contato com o jurídico da construtora responsável pela obra. Os trabalhadores foram retirados do local e encaminhados para um hotel. Nesta terça-feira (23) eles retornaram para o interior de São Paulo, onde pretendem arrumar novo emprego. Cada um deles recebeu um acerto de R$ 3 mil, incluindo a passagem de volta e valores referentes a danos morais.
Este não é o primeiro caso de maus tratos que chega ao conhecimento do sindicato. Em outubro do ano passado oito trabalhadores, também do nordeste, foram prejudicados após serem contratados para trabalhar em Londrina. Já em agosto houve protesto após reivindicações de melhores condições trabalhistas.
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