30 de abril de 2014

Na cadeia de Sarandi Princípio de rebelião é contida

Um princípio de rebelião foi registrado nesta terça-feira (29) na cadeia pública de Sarandi, região metropolitana de Maringá. De acordo com o delegado responsável pela unidade, Reginaldo Caetano da Silva, a situação ficou tensa no final da manhã, após os detentos terem sido retirados provisoriamente das alas 2 e 3 para uma nova revista nas celas.
Na madrugada do último domingo (27), uma tentativa de fuga foi frustrada pela polícia após um grupo de detentos serrar as grades do solário. Policiais que estavam no plantão ouviram um barulho suspeito e, durante uma ronda, conseguiram deter um preso que já havia alcançado o pátio.
A investida dos presos no fim de semana deixou parte da ala 1 danificada. Na segunda-feira (28), os presos foram retirados das celas para uma reforma emergencial no espaço. A tropa de Choque da Polícia Militar (PM) aproveitou a ausência dos presos para fazer um pente-fino nos pertences pessoais.
Esta manhã, a cadeia passou por uma nova revista, desta vez realizada por agentes carcerários e investigadores da Polícia Civil nas alas 2 e 3. A situação, que já era tensa desde o fim de semana, se agravou no final da manhã após a transferência dos presos para o solário.
Da frente da cadeia era possível ouvir muito barulho, como gritos e batidas em portas. Um grupo de aproximadamente 30 mulheres se concentrou em frente ao prédio em busca de notícias dos parentes. Por algumas horas, a entrada de familiares e até mesmo advogados foi impedida, segundo o delegado, por medida de segurança. A situação deixou os familiares revoltados. Nem mesmo quem tentou registrar boletim de ocorrência teve a entrada liberada.
Por volta das 15h30, com o fim da revista e o retorno dos presos às celas a situação ficou mais tranquila e a entrada de duas advogadas foi liberada. Uma delas, Anna Clara Picolli Baldassi, acionou a comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Segundo o representante da Secretaria de Justiça (Seju), Rafael Kawanishi, durante a revista foram apreendidos 14 aparelhos celulares, cincos serras improvisadas, várias serras pequenas e uma tereza - corda feita de lençóis, que possivelmente seria usada em uma nova tentativa de fuga.
A cadeia de Sarandi conta com mais de 180 presos - o número máximo deveria ser de 46 detentos.(fonte odiario)
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