29 de maio de 2017

30 presos fogem da Cadeia de Cambé por túnel com saída ao lado do fórum

Após recontagem, a Polícia Civil de Cambé (norte do Paraná)  informou na manhã deste domingo (28) que pelos menos 30 presos fugiram pelos fundos do setor de custódia carcerária da Delegacia da cidade. Os fugitivos cavaram um túnel e depois  pularam um muro que acesso à área externa da unidade, ao lado do Fórum de Cambé. Policiais Militares de Londrina também foram para o local. Os demais presos só foram contidos pela PM após disparos de arma de fogo e um detento acabou baleado na perna, conforme o portalcambe.


Até as 10 horas deste domingo, quatro detentos já haviam sido recapturados. Alguns fugitivos, entre os quais estão latrocidas, homicidas, assaltantes e traficantes, foram para a cidade de Arapongas, onde são procurados pela polícia.
Superlotação
"A capacidade da Cadeia Pública de Cambé é para abrigar apenas 50 detentos, mas no momento da fuga 192 pessoas estavam presas no local. Em 2014, presos renderam um agente e 64 encarcerados conseguiram fugir. Na ocasião, a cadeia estava com 169 presos.
A PM divulgou comunicado no qual lamenta as condições atuais nas unidade carcerárias e ressalta a importância de uma reforma urgente na legislação de execução penal.
Veja a íntegra do comunicado da PM
“A cadeia de Cambé está super lotada, com presos dormindo nos corredores e sob chuva. Estas eram as reclamações anexadas a fotos tiradas pelos próprios presos e que circulavam pelas redes sociais. As fotos mostravam os detentos amontoados e embaixo de lonas improvisadas para protege-los das chuvas.
Este não é um problema atual mas perdura a um longo tempo. Não são somente os presos que sofrem com a superlotação das cadeias e dos presídios, mas também os agentes penitenciários, carcereiros e policiais que convivem com a expectativa de rebeliões e de fugas. É justamente destas fugas que decorrem a tomada de reféns e morte de policiais nas DP’s, e, como no caso de hoje, confrontos.
Como ter controle de presos numa cadeia superlotada se há poucos agentes públicos e as instalações não possibilitam este controle? Como explicar a entrada de tantos celulares, drogas e armas dentro das cadeias?
Vale ressaltar que é um trabalho perdido, já que o policial que se esforçou em tirar um bandido das ruas vê seu trabalho sendo em vão quando constata a fuga destes presos, que novamente estará aumentando as estatísticas de crime com a reincidência destes foragidos. Todo o trabalho deverá ser refeito em prol da segurança da comunidade.
Soluções imediatistas ocorrem a fim de solucionar o problema da superlotação como exemplo: as audiências de custódia e a liberação através de tornozeleiras eletrônicas. Estas medidas não têm solucionado o problema da superlotação e ainda tem aumentado o registro de crimes. Esta verdade é decorrente da impunidade gerada por estas medidas.
Todos estes problemas de segurança tem desaguado na cobrança das autoridades policiais, principalmente da PM, não observando quem cobra soluções que a raiz dos problemas de segurança pública se estendem além do policiamento preventivo e repressivo. O problema exige mudança de medidas e condutas de outros órgãos públicos, inclusive de leis.
Se nosso país não reformular as leis, as instituições públicas, a educação e cultura do povo, estaremos sujeitos ao poder paralelo que está ganhando força através do crime organizado.
O país precisa de mudança! Mas mudanças que beneficiem quem trabalhe e gente honesta."(tnonline)

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