16 de novembro de 2016

Polícia relata que Júlia foi assassinada e desmembrada por ter subtraído drogas de traficantes

Mais dois homens foram presos acusados de serem os executores do crime que vitimou Julia Alvarenga Formizano, de 37 anos. A mulher foi asfixiada e teve as pernas desmembradas do corpo.
De acordo com as informações reveladas pela polícia na manhã desta quarta-feira (16), André Oliveira da Silva Santos, de 35 anos e Renan Fonseca da Cunha, de 18, foram responsáveis por asfixiar e desmembrar as pernas de Júlia. “Eles usaram um fio de computador e um travesseiro para terminar de matar. Depois disso, eles passaram a noite com o cadáver no apartamento e, no dia seguinte tiveram a ideia de desmembrar as pernas para facilitar a desova”, relata a delegada Sabrina Alexandrino, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Conforme a polícia, no dia seguinte, os dois homens contrataram os dois moradores de rua (Marcio José Lara dos Santos, que foi preso no mesmo dia em que o corpo foi localizado e, Marco Aurélio Barbosa, que também foi preso, dias depois) para desovarem o corpo. “Eles seriam pagos com drogas ou dinheiro para se livrarem do corpo. Eles combinaram o local de pegar o corpo e que a desova seria em um local mais distante, porém, por conta da chuva eles acabaram jogando no rio próximo ao apartamento onde o crime aconteceu”, diz a delegada.
De acordo com Sabrina, a motivação para o crime teria sido “o fato de a vítima ter subtraído drogas dos autores”. “O André e o Renan estavam em um apartamento localizado no Centro Cívico. Os donos do apartamento estavam viajando e não tinham conhecimento que André era traficante, e desta forma o deixaram com as chaves para que ele cuidasse dos gatos”, relata. “A vítima que conhecia os dois traficantes, e seria usuária de drogas, teria passado uma noite no local e sabendo que tinha drogas lá, acabou subtraindo certa quantidade”, acrescenta.
A dupla ficou sabendo que Julia estava vendendo as drogas que pegou no apartamento e para se vingar, a matou. “Eles atraíram a vítima novamente ao apartamento e lá a questionaram sobre as drogas. Ela negou, mas mesmo assim eles decidiram matá-la”, conta. “Eles chegaram a perguntar se ela queria morrer por tiros ou asfixiada”, complementa.

Investigações

A delegada explicou que após a prisão dos dois moradores de rua, as investigações levaram a polícia até o edifício no Centro Cívico onde o crime foi executado. No local, a polícia chegou até o apartamento. “Num primeiro momento, o André abriu a porta, mas não permitiu nossa entrada. Depois, ele deixou a polícia entrar e enquanto a equipe estava na sala percebeu que ele jogou algo pela janela”, explica. “Quando a equipe desceu para verificar do que se tratava, ele fugiu”.
André dispensou certa quantidade de drogas e uma serra, a que supostamente foi usada para desmembrar as pernas da vítima.
Renan foi localizado e preso por uma equipe da Guarda Municipal. André foi preso por policiais da DHPP. Os dois suspeitos estavam na Praça 19 de Dezembro. André estava de malas prontas para fugir. Os dois já tinham passagens pelo setor policial.
A crime, segundo a polícia, foi totalmente elucidado. André e Renan foram autuados por homicídio qualificado e Márcio e Marco Aurélio como coautores.(massanews)

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