O suspeito de matar a filha de cinco anos na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro , foi preso pela Divisão de Homicídios (DH), nesta terça-feira (25), como informou o Bom Dia Rio.
Ao periciar o local na manhã de domingo (23), a DH conseguiu evidências fortes de que o pai havia matado a filha, asfixiando a criança e depois fugindo. "Ele deixou algumas mensagens, que indicam que ele era o autor”, afirmou o delegado Fábio Cardoso.
O homem foi encontrado pelos agentes em uma unidade psiquiátrica. A criança pode ter sido morta durante um surto."Ele vinha tendo problemas, desde que separou da mulher, problemas psiquiátricos. De 15 dias para cá, essas questões aumentaram por problemas pessoais. Então ele teve esse surto e acabou matando a filha", disse Cardoso.
O delegado acredita que a defesa de Marcus Vinicius pedirá um exame de sanidade mental. A partir disso, um perito legista especializado em psiquiatria poderá fazer uma análise do exame para saber se ele tem alguma doença mental e saber se, no mento do crime, ele estava alterado.
Segundo Fábio Cardoso, o conteúdo da conversa de Marcus Vinicius com familiares e o depoimento de testemunhas deixa claro que foi ele quem matou a filha.
"Na madrugada, tomado por algum tipo de raiva, foi até o quarto e asfixiou a criança usando um travesseiro. Ela nem teve a oportunidade de gritar ou pedir auxílio. Logo depois ele fugiu e ainda ficou passando mensagens para a família estimulando a família a ir até o quarto onde a filha estava morta", disse o delegado da Divisão de Homicídios.
A polícia acredita que o crime pode ter sido cometido por uma raiva que Marcos Vinicius tinha pela ex-mulher. "Ele teria praticado isso por uma divergência, uma raiva da ex, que é a mãe da filha de 5 anos", disse o delegado.
A Divisão de Homicídios conseguiu com o plantão judiciário a prisão temporária de Marcus Vinicius. No fim da madrugada desta terça-feira, equipes da DH o localizaram em um hospital psiquiátrico na Zona Sul do Rio.
"Equipes foram até lá, confirmaram que ele estava lá, e então recebeu voz de prisão. Tem uma equipe da DH, nesse momento, lá escoltando o Marcos Vinicius até ele ter uma alta médica pra que ele possa ser ouvido e trazido pra DH, quando depois ele será encaminhado para o sistema penitenciário", explicou Fábio Cardoso.
Mudança de comportamento
De acordo com o comandante do 6° BPM, coronel Vinícius Mello, os policiais foram chamados pela avó paterna da criança, que afirmou que o filho tinha tido um surto e matado a menina por estar desempregado. O homem teria se separado da mãe da criança em 2012 e, desde então, teria sofrido algumas mudanças de comportamento.
De acordo com o comandante do 6° BPM, coronel Vinícius Mello, os policiais foram chamados pela avó paterna da criança, que afirmou que o filho tinha tido um surto e matado a menina por estar desempregado. O homem teria se separado da mãe da criança em 2012 e, desde então, teria sofrido algumas mudanças de comportamento.
Segundo a Divisão de Homicídios, os avós paternos e mãe da menina já foram ouvidos pela polícia. Na casa onde a criança foi encontrada, viviam o pai e os avós. Os pais da criança eram separados e a menina vivia em guarda compartilhada.
O crime aconteceu durante a madrugada de domingo. Quando os avós foram ver a criança, ela estava morta. Uma das hipóteses da causa da morte é asfixia, mas a polícia ainda aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Segundo o delegado Fábio Cardoso, mensagens enviadas por Marcus Vinicius pelo WhatsApp indicam que ele tenha feito algo contra a filha de 5 anos.
"A DH teve acesso a conversas dele com familiares, e isso está sendo mantido sob sigilo pra não atrapalhar a investigação, mas essas comunicações indicam algo que ele teria feito contra a própria filha de 5 anos", disse Cardoso nesta segunda-feira (24).
Ainda de acordo com a polícia, a menina apresentou uma mudança de comportamento nos últimos tempos. "A gente teve acesso ao perfil da criança e realmente teve uma mudança, um comportamento diferente com o condizer dele, que coloca o pai como a pessoa que teria asfixiado essa criança", afirmou o delegado.
Segundo as investigações, o crime foi silencioso. "Já ouvimos testemunhas suficientes para apontar que ele estava na casa no momento. Ele sumiu, desapareceu da casa estranhamente, algo que não acontecia. Isso é mais um indicativo, além de outras informações que a DH já conseguiu arrecadar no local ontem [domingo]."
Nos últimos quatro anos, segundo a polícia, o pai da menina vinha usando medicamentos que podem acarretar algum tipo de anormalidade.
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