Outros dois detentos, que, conforme a polícia, teriam quebrado as pernas tentando fugir da rebelião com medo de morrer, também estão internados no HU. Identificados como Rodrigo Aparecido Oliveira Soares, de 30 anos, e Júlio César Sampaio, de 22, eles estão conscientes, calmos e em tratamento no hospital.
Outro fato registrado na madrugada envolve a fuga de pelo menos dois presos da penitenciária. Informações extraoficiais dão conta de que três detentos tentaram escapar pelos fundos da unidade, dois conseguiram se esconder em um matagal e um foi recapturado pela Polícia Militar (PM). Os agentes chegaram a atirar para tentar conter os fugitivos, mas não obtiveram sucesso. A dupla supostamente foragida está sendo procurada pelos policiais.
A rebelião começou por volta das 10h30 de terça-feira, quando um agente abria a cela da galeria 21 da unidade para guardar um preso que havia recebido atendimento médico. Pelo menos 150 detentos participam do motim nos telhados da penitenciária, e outros onze deles estão sendo mantidos reféns. Os detentos, de facções rivais, ex-policiais ou acusados de crimes sexuais, estão amarrados e sofrem agressões com frequência.
A PEL 2 está isolada por um cordão de pelo menos 50 policiais militares. As negociações para o fim da rebelião tiveram início na tarde de ontem, avançaram durante a noite e devem continuar agora pela manhã, com a intermediação de advogados, Pastoral Carcerária, Centro de Direitos Humanos e OAB.
Segundo o Grupo Restaurando Londrina, que atua na implantação da chamada Justiça Restaurativa nas unidades prisionais da cidade, o racionamento de água e comida para os detentos da PEL 2 pode ter causado a rebelião.
Com capacidade para 960 presos, a penitenciária abrigava cerca de 1.140 no início da rebelião.(bonde)
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