28 de julho de 2015

De dentro de cadeia Quadrilhas eram chefiadas

Duas quadrilhas especializadas em explosões e arrombamentos de caixas eletrônicos eram coordenadas de dentro da cadeia por um homem que está preso em Maringá, de acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp)
A Operação Partenon deflagrada pelas polícias Civil e Militar nesta segunda-feira (27), prendeu 21 pessoas suspeitas de participarem dos dois grupos. Durante o cumprimento dos mandados de prisão, três pessoas morreram em confrontos com policiais, sendo que duas delas eram integrantes das quadrilhas, conforme a polícia. Até as 14h30, um suspeito estava foragido. “Não é incomum que, mesmo com o individuo preso, ele acabe de uma forma ou outra coordenando as ações criminosas. A polícia conseguiu identificar, acompanhar, fazer prova dessa participação, e esse preso vai responder por esses crimes também”, diz o secretário estadual de Segurança Pública, Wagner Mesquita.
O rapaz foi preso por envolvimento em roubo de veículos. A Justiça expediu 24 mandados de prisão e outros 35 mandados de busca e apreensão. A operação foi realizada em Maringá, Cianorte, Umuarama, Jussara, Barbosa Ferraz, Cidade Gaúcha, Engenheiro Beltrão, Araruna e Campo Mourão. Conforme a Sesp, foram apreendidos pelo menos 11 carros de luxo, armas, dinheiro e um uniforme da Polícia Militar.
Conforme o secretário, as quadrilhas cometeram pelo menos 16 assaltos a caixas eletrônicos, nos últimos cinco meses, em oito cidades das regiões norte e noroeste do Paraná. Os grupos também seriam responsáveis por assaltos no estado de São Paulo.
"O cumprimento das medidas judiciais comprovou a atuação das quadrilhas. Foram localizadas armas de grosso calibre, inclusive um fuzil, e muito material que indica a atuação dessas quadrilhas", afirma Mesquita.
Investigações começaram há seis meses
As investigações começaram há seis meses, após a prisão do homem apontado como chefe das quadrilhas.
"Ele cuidava da logística, fornecendo carros roubados para a quadrilha. Dali a investigação se desenvolveu, demonstrou a atuação em oito municípios da região", explica Mesquita.
Gravações de câmeras de segurança das agências assaltadas também ajudaram na identificação dos suspeitos, conforme o secretário. Uma das imagens mostra um grupo de pessoas encapuzadas em frente um banco em Corumbataí do Sul, se preparando para explodir o caixa.
A polícia também recebeu imagens de uma suposta comemoração dos envolvidos nas quadrilhas após um assalto na noite anterior.
Segundo Mesquita, as quadrilhas faziam um levantamento preliminar sobre quais agências seriam assaltadas. "Eles procuravam agências, caixas eletrônicos, que ofereciam menos obstáculos para a ação. No momento adequado faziam a contenção e a segurança do perímetro para fazer o estouro do caixa eletrônico e aí fugir com o carro roubado", detalha.
103 explosões em 2015
De acordo com balanço do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, 103 caixas eletrônicos foram explodidos em 2015 no Paraná. Também foram registrados 23 arrombamentos de caixas e outas 25 tentativas e assaltos a agências bancárias.Fonte G1.


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