De acordo com a conselheira, os pais relataram que foram visitar o preso, que é amigo da família e a mãe iria pegar o menino no dia seguinte. “Eles são de situação vulnerável e foram a pé visitar esse amigo. Relataram que é uma caminhada muito longa e estavam cansados. O adolescente disse que ele mesmo pediu para ficar”, informou a conselheira.
A profissional informou ainda que o menino nega que tenha sofrido abuso por parte do detento, que cumpre pena por estupro, segundo a Secretaria de Justiça (Sejus). “A fala do adolescente prevalece e em depoimento ele relata que não aconteceu coisa nenhuma, que estava lá assistindo filme. A mãe do menino ia levar ele para casa no dia seguinte quando voltasse ao presídio para lavar as roupas desse preso”, disse Nazaré Castelo Branco.
O Conselho Tutelar, apesar disso, afirma que a postura dos pais é repreensível. “Isso não é uma coisa normal ou correta. Lugar de criança e adolescente não é no presídio e tem que haver mais segurança e um trabalho mais eficaz no sentido de não permitir crianças em celas. Também não é correto dos pais permitir que o filho passe a noite em um presídio”, afirmou a conselheira.
O menino foi achado depois que agentes penitenciários notaram uma movimentação suspeita em um dos prédios da undiade prisional. Após vistoria, o garoto foi retirado da cela.
O caso é investigado pela Sejus e o secretário Daniel Oliveira disse que solicitou um relatório sobre o episódio. “Determinamos para que fosse apurado e as investigações também estão correndo no âmbito da Polícia Civil. Além disso solicitei um relatório para o gerente da unidade prisional”, declarou o secretário de justiça em entrevista à Rádio Clube nesta terça-feira (3).(g1)
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