Desde as 8 horas da manhã de hoje (25) foi retomada a negociação entre os presos rebelados na PEC (Penitenciária Estadual) e a Polícia Militar. A rebelião teve início por volta das 6h30 de ontem.
Conforme a assessoria de imprensa da Seju (Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania), neste momento a situação é mais tranquila, os presos permanecem no telhado, mas pararam com a atitude de jogar reféns. Policiais militares que estão no local informaram que os presos arremessam neles pedaços de corpos carbonizados.
O assessor da Seju, Elson Faxina, disse acreditar que até o fim da manhã a rebelião seja controlada. Ele informou que os presos fazem algumas exigências como melhorias na unidade e menor controle nas visitas, mas também há informações de que a rebelião estaria motivada por uma disputa interna de poder entre facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas.
“São regalias que eles querem e o atendimento dessas exigências vai depender daquilo que o Poder Judiciário concordar”, disse.
Quatro mortes de presos foram confirmadas, sendo que dois foram decapitados, mas não há identificação deles. Os rebelados não liberam acesso aos corpos.
“Teremos que fazer um levantamento, mas acredito que mais da metade dos presos será transferida. Até o momento 145 remoções foram feitas para a PIC [Penitenciária Industrial] e Francisco Beltrão”, comentou. A imprensa não tem acesso à penitenciária, a PM isolou o local a uma distância aproximada de 500 metros. Segundo a Seju, essa medida é para evitar interferências externas na negociação. A assessoria disse que não há previsão para invasão da penitenciária, já que as negociações estão avançando.
Segundo ele, os agentes seguem como reféns, mas já foram apresentados e estão bem.
A Polícia Civil investiga se os ataques ocorridos na madrugada tem ligação com a rebelião.
Nesta manhã o Siate socorreu o preso Marcos Pergoni Misael, que era mantido refém e se jogou do muro. Ele apresentava ferimentos na cabeça e no peito por causa de agressões e devido à queda fraturou os dois tornozelos. Marcos foi encaminhado ao Hospital Universitário.
Os rebelados estariam exigindo a presença da imprensa. (CGN)
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