16 de outubro de 2019

Médico explica por que diabéticos podem perder a visão Uma em cada

Uma em cada onze pessoas no mundo tem diabetes. No Brasil, de acordo com o Ministério de Saúde, houve um aumento de 60% no diagnóstico da doença entre 2006 e 2016. Entretanto, o dado mais alarmante é que 50% dos pacientes desconhecem que têm diabetes. Isso preocupa muito o sistema de saúde, já que se trata de uma doença que, quando não controlada, pode ter muitos desdobramentos – a perda de visão é um deles.
Até hoje, não há cura para a retinopatia diabética. Os danos causados pelo crescimento de vasos sanguíneos anormais, hemorragias e falta de oxigenação são permanentes.

De acordo com Renato Neves, oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, embora a retinopatia diabética seja irreversível, é possível prevenir essa doença ocular estando com os exames em dia, tanto de visão, quanto de sangue.

Embora haja tratamentos disponíveis, a prevenção ainda é o melhor remédio. Para quem descobriu a doença tardiamente, quando os olhos já começaram a ser afetados, o ideal é dar início o quanto antes a um tratamento a fim de evitar ao máximo a progressão da retinopatia.

Entre os sintomas mais comuns do diabetes, estão: vontade frequente de fazer xixi (com episódios de urgência), fome e sede em excesso, fadiga, perda de peso repentina, nervosismo e outras mudanças no humor. Geralmente, há uma combinação de sintomas. Mas o que vai ser fundamental para o diagnóstico da doença é um exame de glicemia para determinar a taxa de açúcar no sangue. "Os diabéticos sabem que precisam monitorar uma série de coisas, como o que comem e o que bebem, além de praticar exercícios físicos. O check up anual da visão é fundamental justamente para que os portadores da doença não deixem de enxergar no médio ou longo prazo. Esse cuidado pode prevenir até 95% da perda de visão relacionada à doença”, aponta Neves.

Segundo o médico, o paciente diabético deve dilatar a pupila todos os anos e se submeter a um exame ocular bastante minucioso. "Esse paciente pode apresentar problemas de visão a qualquer momento. Daí a importância de um acompanhamento oftalmológico frequente. Como o comprometimento da retina pode ser assintomático, sem alterações na qualidade da visão, o exame de fundo de olho é fundamental para detectar pontos e vasos sanguíneos propensos a romper e desencadear hemorragia. É sempre melhor investir na prevenção do que correr atrás do prejuízo depois”, alerta o especialista.

Em termos de tratamento, estudos recentes apontam para o sucesso das injeções intravítreas de antiangiogênicos em pacientes com retinopatia diabética. Somente em casos raros há complicações, como descolamento da retina, formação de catarata e aumento ou redução da pressão intraocular.bonde

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