26 de maio de 2011

Eu não apresentei nenhuma empresa", diz Cito




O Secretário Municipal de Gestão Pública, Marco Cito, negou que tenha referendado o nome de algum instituto para exploração dos serviços de saúde básica em Londrina. Ele prestou depoimento por mais de uma hora na tarde desta quinta-feira (26), ao delegado do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Alan Flore.

Ao deixar o local, Cito concedeu uma longa entrevista coletiva e explicou como foram as contratações dos institutos Gálatas e Atlântico. As oscips são acusadas de desvio de recursos e pagamento de propina para agentes públicos. 21 pessoas foram presas na Operação Antissepsia.

O nome de Cito foi citado pelo vice-presidente da Associação Médica de Londrina, José Carlos Camargo, que também é membro do Conselho Municipal de Saúde. O médico acusou o secretário de ter indicado o Instituto Atlântico. "Eu não apresentei nenhuma empresa. Se a gente fosse contratar a equipe mais barata seria a Beija Flor, que eu sabia que era de propriedade do Juan Monastério. Nem sequer cogitamos a hipótese", disse. No entanto, ele enfatizou que no processo foram pedidas empresas de Londrina. "Houve, justamente, para que fossem duas de Londrina. Eu, pessoalmente, tive uma reunião com as escolha das empresas. Foi junto com o Ribeiro (vice-prefeito), com o Lindomar (ex-secretário de Fazenda) e doutor Faad (superintendente Irmandade Santa Casa). Foi quando eu pedi, pessoalmente, para que a Santa Casa assumisse", afirmou.

A Santa Casa e o HU Tec não foram escolhidos pelo alto preço no certame.

O secretário confirmou que teve uma conversa com o ex-procurador Fidélis Canguçu, preso na operação, sobre o pagamento aos institutos. "Quando nós estávamos chegando na quarta parcela, eu tive uma conversa verbal com ele no gabinete, esperando uma reunião, falando que nós não iríamos pagar a quarta também. Ele (Fidélis) falou naquele momento que tínhamos que pagar, porque daria uma insegurança jurídica e o instituto poderia reclamar depois que o município não estaria fazendo a sua parte", comentou. Marco Cito não questionou por "não ser a área dele", embora seja advogado também.

Marco Cito afirmou que teve um contato informal com publicitário Ruy Nogueira, foragido da Justiça, e que teria prestado serviços para o Instituto Atlântico. "Ele mandou e-mail para todas os secretarias da prefeitura. Eu devolvi o e-mail dizendo que: que você tenha sucesso na sua demanda judicial", comentou.
(fonte bonde)

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