O Gaeco (Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado) ofereceu
denúncia nesta quinta-feira (1)...
Contra 21 pessoas acusadas se estarem envolvidas com o caso de tortura contra
quatro suspeitos de matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, morta
em junho na cidade de Colombo, região metropolitana de Curitiba.
Entre
os 21 estão os 15 policiais, guardas, o agente penitenciário e o preso "de
confiança" que foram detidos no dia 18 de julho. Além desses, outras seis
pessoas, sendo uma escrivã, outro preso de confiança, mais três policiais civis
e um ex-policial militar que se passava por policial civil.
Segundo o
Gaeco, a escrivã foi denunciada por falso testemunho – ela teria mentido em
depoimento ao dizer que não viu cenas de tortura. Um dos policiais foi
denunciado por lesão corporal grave e os outros 19 acusados são denunciados por
tortura. Deste grupo, dois deles, que são policiais civis, um de Araucária e
outro da Delegacia do Alto Maracanã, também foram denunciados por crimes de
natureza sexual.
O inquérito finalizado já foi encaminhado pelo Gaeco
para a Justiça.
O caso – Tayná foi encontrada morta no
dia 28 de junho, um dia depois que quatro homens foram presos acusados de matar
a jovem. Exames foram feitos com sêmen encontrado na garota e, segundo o
Instituto de Criminalística, o material encontrado não seria de nenhum dos
presos.
Os quatro acusados disseram que foram torturados no período em
que ficaram presos nas delegacias da RMC. Um deles teve que ser removido para o
Complexo Médico Penal com problemas de sangramento no intestino. Eles foram
soltos da Casa de Custódia de Curitiba no dia 15 de julho e permanecem sob
proteção do Gaeco em outros estados do Brasil.
Entre os acusados de
tortura está o ex-delegado do Alto Maracanã, Silvan Rodnei Pereira, que foi
preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-277 em Laranjeiras do
Sul. (com informações do repórter Rubens Chueire Jr., da Folha de
Londrina).
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