O clínico geral relata que vários procedimentos
foram tentados, todos sem sucesso. Pouco depois do parto, por volta das 11
horas, Jenifer foi a primeira a receber a triste notícia da morte da filha. “Meu
mundo desabou ali. Foi muito desesperador ver todos os sonhos indo embora”,
contou. Em seguida, o pai, Cleverson Carlos Gomes, 26 anos, ficou sabendo do
ocorrido no corredor. Sem conter as lágrimas, ele foi até a capela. O corpinho
pálido e imóvel da garotinha confirmava o triste diagnóstico. Gomes deixou a
sala, sem ainda acreditar no que via.
Yasmin permaneceu lá até as 14 horas, quando a avó
materna Elza Silva e a dona da Funerária Olsan, Rosilis Marinello Ferro,
apareceram para levá-la. O pequeno caixão branco já estava no carro, mas não
precisou ser usado. Os primeiros movimentos de Yasmin foram percebidos pelas
duas. “Foi uma emoção muito grande. Eu tremia e nem conseguia falar de alegria”,
lembrou Rosilis. Ela correu alertar uma enfermeira, que duvidou, explicando que
os movimentos seriam espasmos. Estava errada. Segundo Rosilis, a menina já
estava com os olhinhos entreabertos.
A notícia se espalhou rapidamente pelo hospital,
até chegar ao leito da maternidade em que estava Jenifer. “Sua filha está viva”,
gritou uma enfermeira. “Eu fiquei sem reação, não sabia o que pensar. Confesso
que até passei mal, mas depois não me contive de alegria”, disse. A mesma caneta
do médico, que seria usada para atestar a morte, foi tomada rapidamente para
preencher o pedido de vaga na Central de Leitos.fonte banda b
Pai acredita em milagre
(Foto: Luiz Guilherme
Nenhum comentário:
Postar um comentário